Dólar tem alívio em Treasuries e cai ante o real com baixos números de empregos privados

O dólar em relação ao real registrou uma queda acentuada na abertura desta quarta-feira (4), impulsionado por dados de criação de empregos no setor privado dos Estados Unidos, os quais ficaram abaixo das expectativas para setembro. Esses números resultaram na redução dos rendimentos dos Treasuries e em uma melhora nas perspectivas dos futuros das bolsas de valores de Nova York.

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Este cenário, geralmente associado a sinais de desaceleração econômica, tende a diminuir as expectativas de aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed), aumentando o apetite por ativos de risco.

Os dados precedem a divulgação, na sexta-feira (6), do relatório oficial de emprego do Departamento do Trabalho, conhecido como “payroll“.

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Agenda dólar, EUA e Brasil

Desde o início da sessão, a cotação do dólar americano e a curva de juros já tinham iniciado o dia em queda, influenciados pela diminuição dos rendimentos dos Treasuries, além do fortalecimento do euro e da libra esterlina. Este fortalecimento foi motivado pelos dados dos PMIs de serviços e composto em setembro na zona do euro, Alemanha e Reino Unido, que superaram as previsões dos analistas financeiros.

Nos Estados Unidos, o setor privado criou 89 mil empregos em setembro, conforme uma pesquisa da ADP ajustada sazonalmente e divulgada hoje. Esse resultado ficou muito abaixo da expectativa dos analistas consultados pela FactSet, que esperavam a criação de 140 mil postos de trabalho no mês passado. Contudo, o número de empregos criados em agosto foi ligeiramente revisado para cima, de 177 mil para 180 mil. Além disso, a pesquisa da ADP, que adotou uma nova metodologia no ano passado, indicou que os salários no setor privado tiveram um aumento médio anual de 5,9% em setembro.

Na esfera política brasileira, o relator do projeto de lei que prevê a tributação de fundos de alta renda, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), informou ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a proposta do governo que elimina a dedutibilidade dos Juros sobre Capital Próprio (JCP) não será incluída no parecer que será votado em plenário.

O deputado alegou que esse assunto ainda está sendo discutido e poderia afetar a proposta de tributação dos fundos, que está mais avançada. A expectativa é que a matéria sobre offshores e fundos exclusivos seja apreciada ainda hoje. O texto referente aos JCP será votado em um projeto de lei separado, da forma como foi enviado pelo Executivo.

Por volta das 9h46 desta quarta-feira, o dólar à vista apresentava uma queda de 0,49%, cotado a R$ 5,1297, após atingir a mínima de R$ 5,1257 (-0,55%). O contrato futuro de dólar para novembro registrava uma perda de 0,74%, sendo negociado a R$ 5,1470.

Com informações de Estadão Conteúdo.

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Camila Paim

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