O dólar encerrou esta quarta-feira (28) em queda de 1,31%, a R$ 5,110.
A moeda operou durante grande parte do pregão em queda, acompanhando a desvalorização da divisa no exterior, incluindo pares emergentes do real.
Hoje, o mercado seguiu atento à divulgação dos balanços e a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) às 15h, e a entrevista de Jerome Powell, às 15h30.
Notícias que movimentaram o dólar hoje
Algumas notícias importantes que influenciaram o pregão:
- Fed mantém taxa dos fed funds entre 0% e 0,25% ao ano, em decisão unânime
- Fluxo cambial total no ano até 23 de julho é positivo em US$ 14,556 bi, diz BC
- BC: posição cambial líquida está em US$ 274,568 bilhões
- Dívida Pública Federal sobe 3,07% e fecha junho em R$ 5,329 tri, diz Tesouro
Fed mantém taxas de juros
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) decidiu manter a taxa dos Fed funds na faixa entre 0% e 0,25% ao ano, em decisão unânime, conforme esperado por analistas consultados pelo Broadcast. O anúncio foi divulgado nesta quarta-feira (28).
O Fed não modificou também a taxa de juros sobre excesso de reservas (IOER, na sigla em inglês), em 0,15%, e a taxa de desconto em 0,25%. Deixou inalterada ainda a taxa incidente no programa de recompras reversa (repo reversa) em 0,05%.
O Fed anunciou também, nesta quarta-feira (28), o estabelecimento de dois programas de acordos de recompra de ativos (repo).
O Fomc diz esperar manter a política monetária acomodatícia até que as metas para inflação e emprego sejam atingidas nos Estados Unidos. O Comitê busca atingir o emprego máximo e taxa de inflação a 2% no longo prazo, conforme comunicado divulgado nesta quarta-feira, 28.
O rumo da economia continua a depender da trajetória do coronavírus, dizem os dirigentes. “Progressos na vacinação devem continuam a reduzir os efeitos da crise de saúde pública na economia, mas os riscos para a perspectiva econômica permanecem”, diz o comunicado.
Na avaliação da autoridade monetária, com a vacinação e o forte apoio político, os indicadores de atividade econômica e emprego devem continuar a se fortalecer. “Os setores mais afetados pela pandemia mostram melhoras, mas ainda não se recuperaram totalmente”, pontua o Fed, acrescentando que “de modo geral, as condições financeiras permanecem acomodatícias, em parte refletindo medidas de apoio à economia e fluxo de crédito para famílias e negócios nos Estados Unidos”.
Fluxo cambial
O fluxo cambial do ano até 23 de julho ficou positivo em US$ 14,556 bilhões, informou nesta quarta-feira, 28, o Banco Central. Em igual período do ano passado, o resultado era negativo em US$ 16,269 bilhões.
A saída pelo canal financeiro neste ano até 23 de julho foi de US$ 959 milhões. O resultado é fruto de aportes no valor de US$ 294,967 bilhões e de envios no total de US$ 295,927 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.
No comércio exterior, o saldo anual acumulado até 23 de julho ficou positivo em US$ 15,515 bilhões, com importações de US$ 115,651 bilhões e exportações de US$ 131,166 bilhões. Nas exportações estão incluídos US$ 17,433 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 35,748 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 77,986 bilhões em outras entradas.
Além disso, a posição cambial líquida do Banco Central (BC) atingiu US$ 274,568 bilhões, conforme dados divulgados nesta quarta-feira, 28, pela instituição. O montante tem como referência o dia 23 de julho de 2021. No fim de 2020, essa posição estava em US$ 299,450 bilhões e, em junho, em US$ 273,470 bilhões.
A posição cambial líquida traduz o que está disponível para que o BC faça frente a alguma necessidade de moeda estrangeira – como fornecer liquidez ao mercado em momentos de crise, por exemplo.
A posição leva em conta as reservas internacionais, o estoque de operações de linha do BC (venda de dólares com compromisso de recompra), a posição da instituição em swap cambial e os Direitos Especiais de Saque (DES) do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI).
Dívida pública federal
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 3,07% em junho e fechou o mês em R$ 5,329 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 28, pelo Tesouro Nacional. Em maio, o estoque estava em R$ 5,171 trilhões.
A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 20,58 bilhões no mês passado, enquanto houve emissão líquida de R$ 138,13 bilhões.
A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 3,29% em junho fechou o mês em R$ 5,103 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 1,77% maior no mês, somando R$ 226,6 bilhões ao fim de junho.
Fechamento do câmbio hoje
Além do dólar comercial, confira a cotação das principais moedas hoje:
- Euro: -1,09% aos R$ 6,05
- Libra: -1,06%% aos R$ 7,11
- Bitcoin: +0,54% aos R$ 208.039,594
- Dólar turismo: –1,07% aos R$ 5,28
Cotação anterior do dólar, na terça (27)
Na última sessão, terça-feira (27), o dólar fechou em alta de 0,06%, aos R$ 5,17.
Com informações do Estadão Conteúdo
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