Dólar cai 1,09% no pregão, com seguro-desemprego nos EUA
O dólar encerrou o pregão desta quinta-feira (27) em queda de 1,09%, negociado a R$ 5,255.
Nesta manhã, na abertura, o dólar já apresentava leve queda, mas somente após a informação de que os pedidos de seguro-desemprego permaneceram em menores níveis desde o início da pandemia que a moeda acentuou a queda.
Segundo os dados do Departamento do Trabalho, entre 16 e 22 de maio, 406.000 pessoas solicitaram o subsídio, o que significa 38.000 menos que na semana anterior. O resultado semanal foi melhor do que o previsto pelos analistas (425.000 novos pedidos).
De acordo com Bruno Madruga, Head de Renda Variável da Monte Bravo Investimentos, hoje os investidores tinham expectativas mais mornas para o mercado neste pregão. Ao passo que os destaques do dia vão para a alta no Vix, o chamado índice do medo mas principalmente, para os pedidos iniciais por seguro desemprego nos Estados Unidos.
Além disso, veja outras notícias importantes do dia:
- Itaú Unibanco (ITUB4) aumenta projeção do PIB de 2021 para 5%
- EUA: Yellen defende orçamento maior para prosseguir com recuperação
- Mercosul: Guedes nega saída, mas diz que Brasil quer modernizar o bloco
Projeções econômicas
O Itaú Unibanco (ITUB4) revisou nesta quinta-feira (27) sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,0% para 5,0% em 2021.
De acordo com o banco, a atividade econômica continuou se expandindo no primeiro trimestre deste ano, “como esperávamos”. Ao passo que o aumento da projeção ocorre pela normalização na taxa de poupança das famílias, o crescimento expressivo da economia global com alta de preços de commodities, e o ciclo de estoques no setor industrial, que vêm sustentando a retomada da atividade econômica.
“Após queda em março, a mobilidade e o consumo de serviços vêm se recuperando de forma mais rápida do que esperávamos. Por esse motivo, realizamos uma revisão significativa da nossa projeção para o PIB do segundo trimestre, de -0,1% para +0,6% ante o trimestre anterior com ajuste sazonal”.
Estados Unidos
Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, defendeu a necessidade de aumentar os gastos do governo americano por meio do orçamento do ano fiscal de 2022, cuja proposta da administração Biden será apresentada na sexta-feira (27).
De acordo com Yellen, a economia do país está se recuperando da pandemia, “mas ainda há um longo caminho pela frente”, e não será possível prosseguir com a retomada com um orçamento desenhado para o nível de gastos de 2010.
“Desconsiderando a inflação, o nível do orçamento atual é o mesmo daquele promulgado em 2010, e agências de política crítica viram seus orçamentos cortados em até 20% desde 2016”, afirmou Yellen, em testemunho a deputados do Comitê de Apropriações da Câmara dos Representantes dos EUA.
Mercosul
O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu nesta quinta-feira (27) que o governo brasileiro não quer deixar o Mercosul, mas sim modernizar o bloco. “Nós não vamos sair do Mercosul. Queremos continuar a integração, mas não está funcionando como deveria. Queremos fazer a modernização do Mercosul”, afirmou, em participação em evento realizado pela Coalizão Indústria.
Guedes avaliou que o carro elétrico ou movido a hidrogênio é uma ameaça à indústria automobilística tradicional, citando o crescimento da Tesla. “O setor está sendo apertado no mundo inteiro. A Ford deixou o Brasil não por causa do governo, mas porque está em dificuldades no mundo todo”, completou.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira (26), o dólar encerrou em queda de 0,45%, negociado a R$ 5,31.