Dólar abre em alta com possibilidade de furo do teto de gastos
O dólar abriu em alta nesta sexta-feira (14). Por volta das 9h20, a moeda estadunidense operava positivamente 0,665%, sendo negociada a R$ 5,4032 na venda. Na última quinta-feira (13), o presidente Bolsonaro disse que existe a possibilidade do teto de gastos não ser respeitado, o que pode causar certa preocupação ao mercado.
O dólar também está de olho nos impactos da pandemia na economia global; o PIB da zona do euro caiu mais de 12% no segundo trimestre, em comparação ao trimestre imediatamente anterior, levando a região à recessão.
Ademais, o Brasil receberá um empréstimo de US$ 1 bilhão do BID para financiar programas emergenciais. O prazo de amortização é de 35 anos.
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Bolsonaro: A ideia de furar teto existe
O presidente Jair Bolsonaro, declarou, nesta na noite da última quinta-feira, que o Brasil pode furar teto de gastos públicos em casos de emergência, tal como na pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
A fala do mandatário, durante live nas redes sociais, acontece apenas um dia depois do próprio defender em sua conta oficial o comprometimento com a disciplina e responsabilidade fiscal. Bolsonaro ainda pediu a compreensão do mercado e “patriotismo” no caso de estourar o teto de gastos.
“A ideia de furar teto existe, o pessoal debate. Qual é o problema? Na pandemia, temos a PEC de Guerra. ‘Presidente, nós já furamos o teto em mais ou menos R$ 700 bilhões, dá para furar mais R$ 20 bilhões?’ Qual a justificativa? Se for para [enfrentar o] vírus, não tem problema nenhum”, comunicou o presidente.
O teto de gastos é uma determinação prevista na Constituição Federal para impedir que despesas de orçamento e gastos estrondosos do governo brasileiro não escalem em ritmo superior ao da inflação.
Economia da zona do euro despenca
O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro recuou 12,1% em comparação com o primeiro trimestre deste ano, a pior queda trimestral desde 1995. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, a queda foi de 15%, segundo dados divulgados pelo Eurostat, escritório de estatísticas da União Europeia (UE), nesta sexta-feira.
Em referência ao bloco da UE, que contempla 27 países, o PIB recuou 11,7% no segundo trimestre em comparação ao período de janeiro a março deste ano. Na relação anualizada, a baixa foi de 14,1%. Os número vieram alinhados com as projeções de especialistas ouvidos pelo jornal “The Wall Street Journal”.
O resultado do período entre abril e junho, fortemente impactados pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), colocou o Velho Continente em recessão técnica, após dois trimestres consecutivos de retração na economia. No primeiro trimestre, a zona do euro havia registrado uma baixa de 3,6%, enquanto a UE reportou uma queda de 3,2%.
A crise do coronavírus também estimulou um aumento da taxa de desemprego da Europa. Segundo os dados divulgados pela Eurostat, o desemprego na área monetária do continente cresceu de 7,7% em maio, para 7,8% em junho.
BID empresta US$ 1 bilhão para o Brasil
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou um empréstimo de US$ 1 bilhão (equivalente a R$ 5,38 bilhões na cotação atual do dólar) ao Brasil para financiar programas emergenciais.
O banco de fomento internacional liberou o empréstimo montante para auxiliar o governo federal no pagamento de programas criados para mitigar os efeitos da pandemia no Brasil, assim como para custear parte do Bolsa Família.
De acordo com instituição de fomento, a operação foi desenhada sob um dos mecanismo rápidos de aprovação elaborado pelo BID, em particular para resposta imediata aos países membros dentro das áreas prioritárias de apoio. Dessa forma, o empréstimo de US$ 1 bilhão possui um prazo de amortização de 25 anos, com uma período de carência de cinco anos e meio e taxa de juros baseada na London InterBank Offered Rate (Libor).
Última cotação do dólar
Na sessão da última quinta-feira, o dólar encerrou o pregão em queda de 1,563%, negociado a R$ 5,3675 na venda.