Dólar tem queda com mercado atento à promessa de Bolsonaro sobre acelerar vacinação
O dólar permanece em queda na tarde desta quinta-feira (8) com os investidores acompanhando o desdobramento do jantar do presidente Jair Bolsonaro com os executivos. Além do jantar, o mercado também está atento aos dados de seguro-desemprego dos Estados Unidos que subiram pela segunda semana consecutiva.
Por volta das 13h06, o dólar tinha queda de 0,61%, sendo negociado a R$ 5,58, próximo ao observado na abertura. Embora temas como reformas estruturais tenham sido abordados, a principal do encontro, segundo fontes do jornal Estado de S.Paulo, foi a vacinação no ritmo mais acelerado possível. Não houve detalhamento, porém, de como essa intenção vai ser colocada em prática.
A postura do presidente no encontro foi elogiada por empresários. “Foi uma conversa boa, eu gostei, me deu tranquilidade”, definiu Rubens Menin, controlador de MRV (MRVE3), Banco Inter (BIDI11) e da rede de televisão CNN. Segundo o empresário, Bolsonaro também se comprometeu com a austeridade fiscal e com as reformas, que são outras demandas do setor produtivo.
O jantar em que Bolsonaro foi aclamado por empresas devido as medidas que o mesmo disse ser efetivas aconteceu ontem, no terceiro pior dia da pandemia. O Brasil registrou 3.733 mortes por covid-19 em 24 horas e passou da marca total de 340 mil óbitos, segundo dados do consórcio da imprensa.
“A quinta-feira tem os investidores locais buscando detalhes sobre o jantar que ocorreu ontem na casa do empresário Washington Cinel, entre o presidente da república, e grandes empresários. No jantar, os assuntos mais falados foram a campanha de vacinação e as reformas, mas de acordo com o ministro da Infraestrutura, o evento foi apenas uma reunião de aliança e compromisso”, informou o relatório do banco de câmbio, Travelex Bank.
Pedidos de seguro-desemprego nos EUA sobe para 16 mil
No exterior, o investidor está atento ao número inesperado, conforme apontou economistas ao Bloomberg, das novas solicitações de auxílio-desemprego nos EUA. Os pedidos subiram pela segunda semana consecutiva, dessa vez em 16 mil, totalizando 744 mil solicitações na semana encerrada em 3 de abril, segundo os Departamento do Trabalho do país.
Os economistas consideraram inesperado e ressaltaram a dificuldade na recuperação econômica do mercado de trabalho norte-americano.
Enquanto isso, os dados da semana anterior foram revisados para cima, de 719 mil para 728 mil solicitações de auxílio desemprego, sendo a Califórnia e Nova York os estados que lideraram os pedidos.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira (7), o dólar encerrou em alta de 0,78%, negociado a R$ 5,64.