O dólar encerrou, nesta segunda-feira (4), em alta. A valorização da moeda norte-americana em relação ao real ocorreu mesmo após o Boletim Focus prever novo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019.
O dólar encerrou em alta de 0,428%, negociado a R$ 4,0121, cotação máxima do dia. A mínima da moeda norte-americana foi de R$ 3,9812, por volta das 9h20.
Além disso, a retração da atividade industrial na zona do euro e a emissão de títulos em dólares que será realizada pelo Tesouro Nacional também influenciaram a cotação da moeda estadunidense.
Boletim Focus
Os especialistas das 100 principais instituições financeiras do mercado brasileiro, que fazem parte da elaboração do Boletim Focus, alteraram novamente a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019.
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De acordo com o Boletim Focus, a economia brasileira deverá crescer 0,92% neste ano, 0,01% a mais do que as estimativas anteriores. Sendo assim, esta é a terceira estimativa consecutiva de crescimento, desse indicador, feita pelos analistas.
Os especialistas entrevistados pelo Banco Central (BC), mantiveram a previsão da taxa básica de juros (Selic).
A taxa esperada é de 4,50% ao fim de 2019. Há quatro semanas, a previsão era de 4,75%. Vale ressaltar que atualmente a taxa se encontra em 5%.
Atividade industrial da zona do euro
A guerra comercial e a indefinição sobre o Brexit continuam afetando a atividade fabril da zona do euro. A pesquisa da IHS/Markit mostra que a atividade industrial contraiu-se em outubro.
Saiba mais: Atividade industrial da zona do euro continua retraída em outubro
O Índice final de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de manufatura da IHS Markit da zona do euro em outubro foi elevado para 45,9, o menor patamar desde 2012. Em setembro foi de 45,7.
“A manufatura da zona do euro permaneceu paralisada em seu declínio mais acentuado nos últimos sete anos em outubro, o que significa que o setor de produção de mercadorias está prestes a agir como um forte obstáculo ao PIB novamente no quarto trimestre”, afirmou o economista-chefe da IHS Markit, Chris Williamson.
Tesouro Nacional emitirá títulos em dólar
O Tesouro Nacional comunicou que fará uma captação externa por intermédio da emissão de títulos no mercado internacional. O bônus em dólar, que será emitido, tem vencimento para 2029 e 2050.
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O bond com vencimento em 2050, com cerca de 30 anos de prazo, será o título da dívida externa com prazo maior. Antes desse anúncio, o papel com maior prazo de resgate vencia em 2047. A operação será coordenada por:
- BNP Paribas;
- Citi;
- Goldman Sachs.
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira, o dólar encerrou o pregão em queda de 0,352% sendo cotado a R$ 3,9950.