O dólar encerrou nesta quinta-feira (23) em alta de 2,189%, negociado a R$ 5,5278 na venda, batendo recorde pela segunda vez na semana.
O dólar se valoriza frente ao real pelo terceiro dia consecutivo nessa semana. Além disso, durante o dia esteve no radar do investidor os pedidos de seguro-desemprego nos EUA que, pela primeira vez em cinco semanas, estiveram abaixo de 5 milhões.
Confira as notícias que movimentaram o mercado nessa quinta-feira:
- Seguro-desemprego: EUA registram 4,4 milhões de pedidos;
- China pode ter 232 mil pessoas infectadas pelo coronavírus;
- Banco da Inglaterra diz que Reino Unido pode sofrer uma profunda recessão;
- Sergio Moro pode pedir demissão;
- Última cotação.
EUA registram 4,4 milhões de pedidos de seguro-desemprego
O número de solicitações do seguro-desemprego nos EUA foi de 4,427 milhões na semana encerrada em 18 de abril. Os dados foram divulgados pelo Departamento do Trabalho americano nesta quinta-feira. O pedido deste tipo de auxílio disparou nas últimas semanas, em razão do impacto do coronavírus.
Essa é a primeira vez em cinco semanas que o número de pedidos de seguro-desemprego está abaixo dos cinco milhões. Além disso, as solicitações ficaram abaixo das expectativa dos economistas que apontavam para 4,5 milhões.
Na semana anterior, os pedidos totalizaram 5,24 milhões. Em cinco semanas, o total de pedidos de auxílio-desemprego foi de 26,4 milhões. O recorde foi atingindo na primeira semana de abril, com 6,6 milhões de requisições.
Segundo estudo, China pode ter 232 mil pessoas infectadas
O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus na China pode ser maior que 252 mil, cerca de quatro vezes o número oficial do governo chinês. A informação é de um estudo realizado por pesquisadores de Hong Kong e publicado pelo jornal britânico “The Guardian”.
Recentemente, a Comissão Nacional de Saúde (NHC, na sigla em inglês) da China atualizou seu balanço e informou que até o dia 20 de fevereiro, cerca de 55 mil pessoas haviam sido infectadas pelo coronavírus. No entanto, os pesquisadores afirmam que, se tal método de classificação adotado posteriormente fosse implementado desde o início da disseminação da doença, o número seria consideravelmente superior.
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Entre os dias 15 de janeiro e 3 de março, a comissão chinesa publicou sete versões distintas sobre o critério de avaliação da infecção pelo Covid-19. O estudo publicado demonstra que essas mudanças tiveram um “efeito substancial” no número de casos confirmados nas estatísticas.
Os estudiosos de Hong Kong analisaram as informações levantadas até 20 de fevereiro por uma missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no primeiro epicentro da pandemia, em Wuhan, na província de Hubei, região central da China. Segundo o estudo, uma das quatro primeiras mudanças nos critérios elevou a proporção de casos confirmados entre 2,8 e 7,1 vezes.
Reino Unido pode sofrer recessão
O Banco da Inglaterra (BoE, sigla em inglês), informou nessa quinta-feira (23), que o Reino Unido pode sofrer uma recessão mais rápida e profundo do que qualquer outra já vista, por causa dos efeitos da pandemia do novo coronavírus.
Entretanto, o Banco da Inglaterra salientou que a crise econômica impulsionada pelas medidas de isolamento social para impedir que o vírus se espalhe ainda mais, não prejudicam a independência da instituição bem como sua meta de inflação anual de aproximadamente 2%.
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Segundo dados da IHS Markit a atividade do Reino Unido apresentou uma queda recorde no mês de abril. A empresa de consultoria acrescentou informando que foi o declínio mais rápido de atividade desde que os dados começaram a ser coletados, a mais de duas décadas.
Demissão de Sergio Moro
Após o presidente Jair Bolsonaro, informar mudanças na diretoria-geral da Polícia Federal, o Ministro Sergio Moro teria pedido demissão.
O atual diretor-geral da PF , Maurício Valeixo foi escolhido por Moro para ocupar o cargo, já que é uma pessoa em quem o ex-juiz federal confia, pois trabalhavam juntos durante a Operação Lava Jato. Segundo aliados ao ministro, se Valeixo deixar o cargo, Moro também sai.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira, o dólar encerrou em alta de 1,8%, cotado a R$ 5,40.