O dólar abriu em forte queda nesta terça-feira (23). Na última segunda-feira (22), foi divulgado o superávit de US$ 1,653 bilhão na balança comercial brasileira — queda de quase 10% na comparação anualizada.
Por volta das 9h30, o dólar operava em queda de 1,056%, sendo negociado a R$ 5,2165 na venda. O mercado está atento às perspectivas econômicas para o País em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Além disso, os investidores aguardam por uma vacina que combata o vírus, a qual passará a ser testada em São Paulo, em parcerida da Unifesp e da Fundação Lemann.
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Dólar em queda com balança comercial superavitária
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,653 bilhão na terceira semana de junho. O valor indica uma queda de 9,9% em comparação ao mesmo período do ano passado. A informação foi divulgada na última segunda-feira pela Secretaria do Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
No acumulado do ano, a balança comercial conta com um saldo positivo de US$ 20,366 bilhões. Neste mês, a balança acumula um saldo positivo de US$ 4,794 bilhões.
O superávit obtido no período é resultado de US$ 4,310 bilhões em exportações e US$ 2,656 bilhões em importações. A queda nas exportações foi causado pela retração nos embarques da indústria extrativa, com uma baixa de 24,3%, e de transformação, tombando 18,3%. No entanto, o setor agropecuário aumentou em 30,2% as vendas externas.
Em maio, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 4,548 bilhões. O valor indicou uma contração de 19,1% em comparação maio de 2019.
Moody’s pessimista com o Brasil
A agência de classificação de risco Moody’s reduziu, na última segunda-feira, as perspectivas econômicas para o Brasil em 2020 e alertou para riscos relacionadas à pandemia.
A agência informou em seu relatório que projeta uma queda de 6,2% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, alinhado com o consenso entre os economistas. A previsão anterior feita pela Moody’s mostrava uma retração de 5,2% para a economia do País.
A agência destacou no documento que o Brasil está no topo da lista de nações no combate à diminuição das taxas de infecção e alertou que a recuperação econômica está vulnerável ao aprofundamento das incertezas quanto à capacidade de controlar a circulação do vírus.
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“Novas interrupções na atividade do consumidor e no funcionamento das empresas são uma possibilidade real e podem prejudicar permanentemente as perspectivas de crescimento das economias individuais do G-20”, informou a Moody’s, referindo-se ao Brasil.
Vacina passa a ser testada em SP
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Fundação Lemann confirmaram, na última segunda-feira, que deram início aos testes da vacina contra o coronavírus em São Paulo. O antídoto testado é o mesmo desenvolvido na Universidade de Oxford, do Reino Unido.
As pessoas que irão participar das testagens são profissionais da área da saúde. Ao todo, serão cerca de 5 mil voluntários. O Hospital São Paulo irá analisar o perfil das pessoas que poderão receber a testagem. No Rio de Janeiro também haverá testes.
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Por meio de um comunicado, a Fundação Lemann informou que o início dos testes no País é um grande passo, no entanto, destacou que ainda ainda falta bastante para que os resultados positivos sejam conhecidos.
“Há um caminho importante a ser percorrido agora pelos especialistas antes de podermos celebrar bons resultados. O que virá depois, ainda não sabemos. Enquanto isso, o foco da Fundação Lemann está em acompanhar a iniciativa”, disse a Fundação.
Última cotação do dólar
Na sessão da última segunda-feira, o dólar encerrou o pregão em queda de 0,865%, negociado a R$ 5,2722 na venda.