O dólar tem alta nesta quarta-feira (7) ante o real. Os ajustes de posições iniciais levam em conta também a forte desaceleração da alta do IGP-DI de junho bem como os dados de varejo restrito e ampliado para maio abaixo das medianas do mercado, mas dentro do intervalo das projeções, e também as quedas da produção e das vendas de veículos no País no mês passado.
Às 11h50, desta quarta, o dólar à subia 1,16%, a R$ 5,25, após ter fechado ontem com alta de 2,39%, a R$ 5,2092 – maior alta porcentual desde 24 de março e maior cotação desde 31 de maio, precificando a piora do cenário político interno e o exterior negativo. O dólar para agosto recuava 0,31%, a R$ 5,1970, após subir 2,07%, aos R$ 5,2115 na terça-feira (6).
As vendas do varejo subiram 1,4% em maio ante abril, sendo que a mediana do Projeções Broadcast apontava alta de 2,5%. O IGP-DI veio a 0,11%, sendo que a mediana previa 0,22%.
Dólar avança com cenário externo e interno no radar dos investidores
O ambiente positivo de negócios no exterior ajuda, com valorizações das commodities, como petróleo, dos índices acionários na Europa e dos futuros em NY, enquanto a moeda americana recua na esteira da queda dos rendimentos dos Treasuries longos.
Entre os catalisadores, está a melhor perspectiva para a retomada na zona do euro. Mas a taxa do T-Note de dois anos mostre viés de alta, a 0,220%, de 0,215% no fim da tarde de ontem, diante da espera pela ata da reunião de política monetária do Federal Reserve de junho (15h). Na reunião do mês passado, o Fed sinalizou que poderia começar a retirar estímulos monetários antes do que se imaginava.
Economista-chefe do banco digital modalmais, Alvaro Bandeira, pontua também acontecimentos domésticos que chama a atenção do mercado.
“No segmento doméstico e no âmbito político, ainda se discute a não punição do general Pazuello pelo alto comando do exército, depois da participação em ‘motociata’ com Bolsonaro. O STF também consultou a PGR sobre a possibilidade de destituir e poder prender o ministro Ricardo Salles, do meio ambiente. Já a CPI do covid-19, retoma trabalhos na terça-feira podendo até convocar o presidente da CBF (afastado do cargo) sobre realização da Copa América”.
(Com informações do Estadão Conteúdo)