O dólar avança na manhã desta terça-feira (15), após subir na véspera para R$ 5,12 no mercado à vista. Os investidores ajustam posições, reagindo a novo tombo do petróleo, em torno de 7% por volta das 9h10, e também do minério de ferro, que caiu 5,23%, a US$ 136,19 a tonelada hoje na China. O dólar mais fraco no exterior também é precificado.
Às 10h50, o dólar hoje subia 0,46%, a R$ 5,14. Já o dólar futuro para abril recuava 0,61%, a R$ 5,1190.
Operadores do mercado afirmam que as commodities e o dólar avançam após a China ampliar as medidas de lockdown para conter a disseminação do coronavírus. O temor é de que possíveis políticas “Covid Zero” afetem a demanda por matéria-prima, com risco de choque na cadeia produtiva. Essas medidas mais agressivas de distanciamento colocam investidores em alerta e se sobrepõem aos dados econômicos chineses acima do esperado.
A produção industrial da China teve expansão interanual de 7,5% nos meses de janeiro e fevereiro, acima do aumento de 4,3% apurado em dezembro, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, pela sigla em inglês). O resultado também foi superior ao crescimento de 3,5% projetado pelos economistas consultados pelo The Wall Street Journal (WSJ).
Já as vendas no varejo aumentaram 6,7% no país, superando a expectativa do mercado, de 4,3%, e o crescimento visto no último mês de 2021, de 1,7%. No período, os investimentos em ativos fixos tiveram alta anual de 12,2%, acima dos 5% esperados pelos analistas do WSJ e do aumento de 4,9% em dezembro. Ja a taxa de desemprego em áreas urbanas ficou em 5,5% em fevereiro, em linha com a meta oficial, mas acima da taxa de 5,1% registrada em 2021.
Além disso, apesar da ampliação dos ataques de tropas russas na Ucrânia, as conversas diplomáticas para tentar acabar com o conflito no leste europeu persistem e seguem no radar dos mercados. A União Europeia aprovou nesta terça-feira um quarto pacote de sanções contra a Rússia, em resposta à guerra na Ucrânia.
“No Brasil, de novidade, boatos sobre a possibilidade de reajustes do ‘Auxílio Brasil’, decisão esta que embute riscos fiscais. Objetivo aqui é ‘mitigar’ o reajuste de combustível. Isso porque o governo não acredita que o ‘auxílio gasolina’ passe no Congresso por ser ano eleitoral”, informou o relatório da Mirae Asset.
Última cotação do dólar
Na última sessão, segunda-feira (14), o dólar encerrou em alta de 1,3%, negociado a R$ 5,119.
(Com informações do Estadão Conteúdo)