Envolvido em incertezas no cenário externo e de olho nas movimentações sobre a reforma da Previdência, o dólar ficou cotado em R$ 3,7475, valorização de 0,356%.
A máxima da moeda americana foi registrada às 13 horas, vendida a R$ 3,7699. Durante a maior parte do dia, o dólar se manteve negociado acima dos R$ 3,75. Porém, perto de seu fechamento, caiu para R$ 3,74.
Logo na abertura, a moeda obteve sua mínima, sendo vendido a R$ 3,729.
As outras moedas também se valorizaram ante o real. Confira:
- Euro: alta de 0,195% a R$ 4,2698
- Libra esterlina: alta de 0,776 % a R$ 4,8576
A indefinição da saída do Reino Unido da União Europeia afeta a moeda inglesa. Na última terça-feira (15), o Parlamento recusou a proposta do Brexit, negociado pela primeira-ministra Theresa May.
Na última quarta-feira (16), May sofreu uma monção de desconfiança. No entanto, a primeira-ministra conseguiu o apoio do parlamento e continuará no cargo.
Atuação do Banco Central
O Banco Central (BC), realizou o leilão de 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional. O swap equivale a venda futura de dólares.
Com isso, foram rolados US$ 7,37 bilhões de um total de US$ 13,398 bilhões, com vencimento em fevereiro.
Dólar e o cenário interno
No cenário interno, a reforma da Previdência domina a pauta dos investidores e do mercado. O presidente Jair Bolsonaro deve receber a proposta da reforma ainda neste fim de semana.
No entanto, a palavra final do presidente em relação ao projeto deve ficar para depois da viagem ao Fórum Econômico Mundial em Davos, que ocorre entre os dias 22 e 25 de janeiro.
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Além disso, a “Folha de S.Paulo” noticiou nesta quinta (17) que os militares pressionam o governo para ficarem fora das novas regras da previdência.
Segundo o jornal, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo da Silva, deve se encontrar com a equipe econômica a fim de negociar um acordo.
Entre as medidas que preocupam os militares estão:
- O aumento de serviço mínimo, de 30 para 35 anos;
- Recolhimento da contribuição de 11% sobre pensões de viúvas dos militares;
Diante de medidas protecionistas adotadas pela União Europeia, o ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) informou nesta quinta-feira que vai defender as exportações de Aço do Brasil.
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O bloco europeu irá restringir a entrada de aço brasileiro no continente a partir do dia 2 de fevereiro com o objetivo de proteger os fabricantes locais.
Dólar e o cenário externo
A desaceleração da China preocupa o mercado. De acordo com analistas consultados pela agência Reuters, as previsões são de que a economia chinesa possa cair 6,3% em 2019.
Na última quarta-feira (17), a potência asiática anunciou que injetará 570 bilhões de yuans (US$ 84 bilhões) na economia para conter o desaquecimento chinês.
A proposta do Congresso de barrar o uso de equipamentos da chinesa Huawei no governo americano, pode comprometer as negociações de um acordo entre os Estados Unidos e a China. Nesta quinta-feira (17), a a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hua Chunying, classificou a medida como “histeria”.
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Última cotação
O dólar fechou a última quarta-feira (17) em alta de 0,708% cotado a R$3,7253 na venda.