O dólar acelerou a alta e chegou a ser negociado acima dos R$ 5,43 nesta segunda-feira (04), refletindo o clima de aversão ao risco dos mercados internacionais. Investidores recuam em meio a temores sobre inflação e crescimento econômico no exterior, além das preocupações internas com crise hídrica e alta dos preços também.
Com isso, o dólar hoje alcançou a máxima por volta das 13:51, subindo 1,3% e alcançando o pico de R$ 5,445.
Ajuda na alta do dólar a notícias sobre os “jabutis” da MP da crise hídrica, que poderiam trazer maior pressão inflacionária para o Brasil.
O deputado Adolfo Viana, incluiu em seu relatório da MP a extensão de subsídios para usinas a carvão e outras medidas para setores específicos que, segundo entidades e especialistas, devem aumentar o custo da energia no País. Estimativas da Abrace (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres) apontam que o custo repassado para conta de luz vai chegar a R$ 46,5 bilhões.
No exterior, o rumo da política monetária dos Estados Unidos fica no radar, com a divulgação do relatório de emprego (payroll) na próxima sexta, dia 08, e a discussão sobre o teto de gastos.
O índice DXY, que compara o dólar a outras seis divisas, caía 0,26%, às 14:16 desta segunda-feira, somando 93,80 mil pontos. Enquanto isso, o rand sul-africano, o peso mexicano e o peso chileno, pares emergentes do real, caíam de 0,3% a 0,8% contra a moeda norte-americana.
O mercado está observando as conversas no Congresso americano de perto. Democratas e republicanos debatem o aumento do teto da dívida, para que o governo consiga arcar com suas contas neste mês.
Do outro lado, os representantes democratas consideram reduzir o próximo pacote de gastos de US$ 3,5 trilhões para aumentar suas chances de aprovação.
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira (01), o dólar fechou em queda de 1,47%, negociado a R$ 5,3696.