Em dia de “Super Quarta” — data em que ocorre as reuniões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil — o dólar apresenta alta, negociado acima dos R$ 5,60.
Por volta das 10h, nesta quarta-feira (17), o dólar subia a 0,65%, cotado a R$ 5,66. O Comitê de Política Monetária (Copom) deve definir hoje o rumo da taxa básica de juros no Brasil (Selic). Os especialistas apostam em uma alta de 0,5%, ou seja de 2% ao ano para 2,5%. Portanto, elevando a Selic pela primeira vez em seis anos.
A última vez em que o Copom decidiu pelo aumento da taxa foi em junho de 2015, quando ela passou de 13,75% para 14,25%. Esse patamar foi mantido até 2016, ano em que o ciclo de queda foi iniciado. Naquele ano, a inflação estava galopante — foi o primeiro ano desde 2002 que o aumento de preços atingiu dois dígitos, a 10,67%. Neste ano, a preocupação é a mesma, mas em proporção diferente.
O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), chamado inflação do aluguel, tem sua maior variação desde 2003, com oscilação de 29% nos últimos 12 meses. O mesmo ocorre com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do País. O indicador fechou 2020 a 4,52%, acima do centro da meta. Esse foi o maior resultado desde 2016.
Política monetária dos EUA
Já nos EUA, a expectativa é e permanência das taxas de juros que entre 0% e 0,25%. Isso porque já há um consenso de que o Banco Central (Federal Reserve, Fed) vai manter a taxa no intervalo vigente.
O presidente do Fed, Jerome Powell, já vinha negando que a autoridade irá interferir no mercado para conter a alta dos juros, especialmente as que vencem em 10 e 30 anos. Em suas últimas declarações, o presidente tem indicado que a elevação das taxas deve ocorrer em apenas 2023. Mas, o mercado tem a expectativa sobre as previsões do banco para a economia norte-americana.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve divulga, às 15h (de Brasília), sua decisão de política monetária. Às 15h30, Powell concede entrevista coletiva para comentar a decisão.
Última cotação do dólar
Na última sessão, terça-feira (16), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,36%, negociado a R$ 5,619.
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