O dólar encerrou, nesta quarta-feira (13), em alta de +0,48% sendo cotado a R$ 4,1869. O valor é o segundo maior da história.
O dólar subiu devido a vários fatores. Principalmente por conta das crises políticas na América do Sul.
Além disso, contribuíram para o resultado desta quarta do dólar:
- Paulo Guedes diz que Brasil negocia criação de área de livre comércio com a China;
- Minerva tem prejuízo de R$ 82,7 milhões no terceiro trimestre;
Turbulências na América do Sul
Os investidores nacional e latino-americanos ficaram atentos a crise política que a Bolívia está passando. Nesta quarta-feira, a estatal petrolífera boliviana YPFB comunicou à Petrobras que poderia haver “eventual variação” no fornecimento de gás natural para o Brasil. O pais vizinho é responsável por um quinto do fornecimento de gás brasileiro.
Além disso, hoje iniciou a 11ª cúpula do Brics que vai até a próxima quinta-feira (14) no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores.
As reuniões deverão ter como pautas os seguintes temas:
- crise na Venezuela
- crise na Bolívia
- série de protestos em Hong Kong
- protesto na Caxemira
- mudanças climáticas.
Além disso, o mandatário do Brasil terá reuniões particulares com cada chefe de Estado ou de governo do Bloco.
Paulo Guedes abre para acordo com a China
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta que o governo brasileiro está negociando a criação de uma zona de livre comércio com a China.
Saiba mais: Paulo Guedes diz que Brasil negocia criação de área de livre comércio com a China
“Estamos conversando com a China sobre a possibilidade de criarmos o free trade area (área de livre comércio) também com a China, ao mesmo tempo que falamos em entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)”, afirmou o ministro em seminário do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics (sigla para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Minerva registra resultado negativo
A Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, apresentou seu resultado do terceiro trimestre na última terça-feira (12). A empresa teve prejuízo de R$ 82,7 milhões no trimestre. Mesmo assim, a perda ainda foi 37,3% menor do que a registrada no mesmo período de 2018.
Em 12 meses, contabilizados de setembro de 2018 a setembro de 2019, o prejuízo registrado pela Minerva foi de R$ 319,5 milhões. O valor, porém, demonstra uma recuperação da empresa em comparação com o mesmo período de 2018, quando apresentou prejuízo de R$ 1,4 bilhão.
O fluxo de caixa livre da empresa no terceiro trimestre foi de mais de R$ 500 milhões. A companhia trata o valor como algo considerável, já que a concorrente Marfrig tem o triplo de seu tamanho e gerou aproximadamente R$ 530 milhões em caixa livre. A companhia informou que o fluxo de caixa foi impulsionado, principalmente, por conta da demanda da Ásia.
Última cotação do dólar
Na última sessão, terça-feira (12), o dólar encerrou em alta de 0,582%, vendido a R$ 4,1669.