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Dólar sobe quase 3% em meio a inflação nos EUA e restrições na China

Dólar hoje

Dólar hoje. Foto: Pixabay

O dólar opera em alta nesta segunda-feira (13), em meio às preocupações de lockdown na China, e a inflação nos Estados Unidos, que aumenta a perspectiva de crescimento dos juros.

A cotação do dólar tem crescimento de 2,87% por volta das 11h48, aos R$ 5,162 com as bolsas americanas e europeias em queda. No Brasil, as ações do Ibovespa estão em queda generalizada.

A movimentação do dólar ocorre em meio a novos ganhos da moeda norte-americana e dos retornos dos Treasuries em cenário de aversão a risco, por expectativas de altas de 50 pontos-base (pb) nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), na quarta-feira, e pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), na quinta, quando os mercados locais ficarão fechados pelo feriado de Corpus Christi.

A cautela externa hoje ecoa ainda a divulgação da semana passada do salto anual do índice CPI dos EUA de 8,6% em maio, no maior nível desde dezembro de 1981, e mensal de 1,0%, o que reforçou apostas de aperto agressivo do Fed, o que impacta diretamente no valor do dólar.

Monitoramento pelo CME Group mostra que a aposta de alta de 75 pb na reunião de julho do Fed se tornou majoritária e para esta quarta-feira, há 86,0% de probabilidade para aumento de 50 pontos-base, à faixa entre 1,25% e 1,50%.

No Brasil, o preço do dólar também se movimenta em meio a expectativa é a de que o Comitê de Política Monetária (Copom) também deva elevar a Selic em 50 pb na quarta-feira, de 12,75% para 13,25%, segundo apostas majoritárias dos investidores após o alívio com o IPCA de maio. Mas algumas instituições acreditam que o Copom poderá deixar também a porta aberta para elevação adicional na Selic em agosto.

Além disso, o dólar hoje tem influência dos números da economia europeia. Mais cedo, dados de atividade do Reino Unido mais fracos que o esperado ajudam também a manter o euro e libra pressionados ante o dólar e com investidores à espera da decisão do Fed e do BOE.

A produção industrial do país encolheu 0,6% em abril ante março, contrariando a previsão de alta de 0,1% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

Já o PIB britânico encolheu 0,3% em abril ante março, ante previsão de alta de 0,1% dos analistas. Os retornos dos bônus da Europa avançam.

Nos EUA, além do dólar, as curvas de juros dos bônus de 2 e 10 anos chegaram rapidamente a inverter, o que para alguns analistas pode ser prenúncio de recessão mais adiante.

Última cotação do dólar

Nesta sexta-feira (10), o dólar fechou em alta de 1,69%, a 5,017 reais na venda, fechando em valorização de 4,46%.

(Com informações de Estadão Conteúdo)

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