O dólar encerrou, nesta terça-feira (26), em alta de 0,588% sendo cotado a R$ 4,2398. O valor é, pelo segundo dia consecutivo, o maior da história.
No dia, a máxima registrada do dólar foi de R$ 4,2771. De acordo com Felipe Pellegrini, gerente de tesouraria do Travelex Bank, o crescimento do dólar pode se explicar por pela: “declaração do ministro da Economia, que não se sente desconfortável com a valorização do dólar perante o real e entende que é um movimento natural para o novo patamar de juros que vivemos aqui. O mercado acabou por conta disso adiantando uma valorização ainda maior do que o esperado.”
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“Podemos relembrar de semanas atrás com o leilão do pré-sal, que ficou abaixo do esperado e fez com que começássemos a ver esse dólar em estado de alta, sempre tudo muito exagerado. O mercado cresceu muito rápido e exageradamente, até por isso, vimos hoje uma intervenção do BC para tentar conter essa elevação. Por volta das 11h vemos o dólar tendo uma queda após o anúncio de um leilão extra do BC”, disse Pellegrini.
Além disso, contribuíram para a alta:
- Banco Central intervém após dólar bater recorde e ficar próximo a R$ 4,27;
- Guerra comercial: Trump diz estar na “fase final” de acordo com China.
Banco Central
O Banco Central decidiu tomar providências após o dólar bater recordes nesta terça-feira (26). O BC anunciou leilão extra para vender a moeda à vista. A operação aconteceu entre às 11h03 e às 11h08 e não foram divulgadas as quantidades ofertadas.
Saiba mais: Banco Central intervém após dólar bater recorde e ficar próximo a R$ 4,27
De acordo com o Banco Central, a taxa de corte do leilão foi de R$ 4,2320. Antes dessa operação, o BC também promoveu a venda à vista de dólares e de swap cambial reverso, que corresponde a venda de dólar no mercado futuro.
Depois da ação feita pelo Banco Central, o dólar diminuiu para R$ 4,24. Antes, a moeda chegou a atingir R$ 4,2694 no mercado à vista e R$ 4,270 no contrato futuro de dezembro.
Guerra comercial
O presidente norte-americano, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (26) que os Estados Unidos estão na “fase final” da tentativa de chegar a um acordo em relação à guerra comercial com a China. Contudo, apesar da declaração, Trump afirmou que é favorável aos manifestantes em Hong Kong.
Saiba mais: Guerra comercial: Trump diz estar na “fase final” de acordo com China
Em evento na Casa Branca para assinar um decreto presidencial relacionado ao combate a violência contra mulheres indígenas norte-americanas, Trump, que vem negociando um acordo relacionado à guerra comercial, foi questionado por um jornalista se havia alguma mensagem para a população de Hong Kong após as recentes eleições.
“Estamos com eles. Eu tenho um relacionamento muito bom, como vocês sabem, com o presidente Xi. Estamos na fase final de um acordo muito importante, acho que você poderia dizer que um dos acordos mais importantes do comércio de todos os tempos. Está indo muito bem, mas, ao mesmo tempo, queremos que tudo corra bem em Hong Kong.”, disse Trump.
Última cotação do dólar
Na última sessão, na segunda-feira (25), o dólar encerrou em alta de 0,527% sendo negociado a R$ 4,215.