Dólar abre em alta de olho no FOMC e Argentina
O dólar abre esta terça-feira (10) em alta de olho no início das reuniões do FOMC nesta semana.
Por volta das 9h10, o dólar variava positivamente 0,24%, negociado a R$ 4,1382. O mercado atento à posse presidencial de Alberto Fernández na Argentina.
Além disso, segue no radar dos investidores a nova estimativa do Ministério da Economia para a reforma da Previdência.
FOMC
Nesta terça iniciam-se as reuniões do Federal Open Market Commitee (FOMC), órgão de política monetária mais importante dentro do Federal Reserve (Fed).
A expectativa para a conclusão das reuniões na próxima quarta-feira (11) é de que a principal instituição monetária dos Estados Unidos mantenha a taxa básica de juros norte-americana entre 1,5% e 1,75%.
No dia 30 de outubro, o Fed cortou em um quarto de ponto percentual. Dessa forma, a taxa básica passou do intervalo de 1,75% a 2% para uma banda entre 1,5% e 1,75%. No dia seguinte, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, disse que políticas do banco central norte-americano estão prejudicando a competitividade do país.
Argentina
Após as eleições do dia 28 de outubro, Alberto Fernández foi eleito o novo presidente da Argentina. Com mais de 48% dos votos válidos, o peronista, que terá a ex-presidente Cristina Kirchner como vice nos próximos quatro anos, assumirá o comando a partir desta terça.
O Presidente Jair Bolsonaro enviará o vice-presidente Hamílton Mourão para a posse no país vizinho. Em 2018, o comércio entre Brasil e Argentina movimentou US$ 28 bilhões (R$ 115,93 bilhões).
Os argentinos são os maiores importadores de bens industrializados do Brasil, como automóveis, autopeças, calçados, bens de capital e telefones celulares.
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Ao final do segundo trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) acumulava uma queda de 2,5% no ano. Além disso, segundo dados do Indec, instituto de estatísticas do país, a taxa de desocupação da população era de 10,1% ao final de junho.
Fernández terá a missão de negociar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) a restituição do empréstimo solicitado pelo então presidente Mauricio Macri, de US$ 57,1 bilhões em 2018.
Reforma da Previdência
Com a adição de medidas a serem colocadas em prática pelos estados brasileiros, a estimativa de economia para a reforma da Previdência foi elevada para R$ 855,7 bilhões.
As informações foram divulgadas na noite da última segunda-feira (9) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
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Esta foi a primeira estimativa oficial por parte do governo após a promulgação da reforma da Previdência, ocorrida em novembro. Nos próximos 10 anos, a estimativa de economia para União permaneceu em R$ 800,3 bilhões.
No entanto, para os estados e municípios, haverá uma economia adicional de R$ 55,4 bilhões, por conta das medidas para os governos locais que não foram retiradas do texto aprovado pelo Congresso.
Última cotação do dólar
Na última sessão, segunda-feira (9), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,398%, cotado a R$ 4,129.