Como investir com o dólar em alta? Veja 5 empresas que se beneficiam do cenário
Recentemente, o dólar vem passando por uma sequência de fortes altas, e nesta segunda-feira (01), a divisa chegou a superar a barreira dos R$ 5,60. Pensando nisso, a Suno Research separou cinco ações que podem se beneficiar da trajetória altista da moeda norte-americana.
De acordo com os especialistas, a alta do dólar vem sendo ocasionada por fatores como a desconfiança em relação ao equilíbrio fiscal do Brasil e a manutenção dos juros em patamares elevados nos Estados Unidos.
Tal contexto, em tese, tende a trazer uma pressão negativa ao Ibovespa, uma vez que caracteriza um cenário de aversão ao risco.
Mesmo assim, existem empresas que podem se beneficiar desse momento, como por exemplo as companhias exportadoras, que têm boa parte da sua receita atrelada ao dólar.
Confira a seguir cinco empresas que tendem a se beneficiar com o avanço na cotação do dólar:
Vale (VALE3)
A Vale (VALE3) é a empresa com o maior peso no Ibovespa e uma das maiores produtoras de minério de ferro do mundo. Entre os seus principais clientes está a China, que por sua vez, é a segunda maior potência econômica do planeta.
Boa parte da produção da Vale é vendida no mercado internacional. Logo, a companhia transaciona esses produtos em dólar, e se beneficia da alta da moeda.
Além da divisa norte-americana, outro fator que impacta a Vale é a cotação do minério de ferro. Na última semana, por exemplo, a commodity acumulou alta, em linha com os indicativos de uma demanda resiliente por parte da China.
Petrobras (PETR4)
A Petrobras (PETR4) é a segunda empresa com o maior peso no Ibovespa e uma das principais petroleiras do planeta.
A exemplo da Vale, a Petrobras também transaciona os seus produtos em dólar, beneficiando-se do avanço da divisa.
No caso da petroleira, além do dólar, outro fator de impacto é a cotação do petróleo Brent, que em um ano, acumula alta de 12,97%.
Em relatório recente, os analistas do Bank of America elevaram a recomendação para as ações da empresa de “neutra” para “compra”, além de terem revisado o preço-alvo de R$ 42 para R$ 47.
Suzano (SUZB3)
A Suzano (SUZB3) é uma empresa de papel e celulose que também exporta seus produtos, negociando-os em dólar.
A empresa estima que, em 2025, a taxa de câmbio seja de R$ 4,25, valor considerado conservador por alguns analistas. Com isso, caso o câmbio siga avançando, o guidance da empresa pode se mostrar ainda mais subvalorizado, indicando um alto potencial nas ações da empresa.
Ao longo do mês de junho, as ações da Suzano acumularam alta de 20,42%. Em relatórios recentes, aliás, Itaú BBA e BTG Pactual afirmam que os papéis da companhia seguem baratos.
CSN Mineração (CMIN3)
A tese para a CSN Mineração (CMIN3) é semelhante à da Vale, uma vez que estamos falando de duas mineradoras que exportam seus produtos e recebem em dólar.
No caso da divisão de mineração da siderúrgica CSN, é interessante destacar que, nesta segunda-feira (01), a companhia aprovou um programa de recompra de até 100 milhões de ações.
De acordo com a empresa, o programa tem por objetivo a aquisição de ações ordinárias para permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento. No entanto, pode ser um indicativo de que a própria companhia entende que suas ações estão subvalorizadas.
BrasilAgro (AGRO3)
A BrasilAgro (AGRO3) é uma companhia focada na aquisição, desenvolvimento e comercialização de propriedades rurais voltadas para a agropecuária.
A empresa adquire terras, implementa culturas de valor agregado e transforma as propriedades a partir do investimento em infraestrutura e tecnologia.
Logo, por mais que o negócio envolva outras variáveis, quando falamos de agricultura e agropecuária, estamos falando de commodities. E as commodities, por sua vez, são sempre negociadas em dólar. Portanto, quando uma empresa lida com esses produtos e os vende de alguma forma, também tende a se beneficiar da alta da moeda.