Dólar encerra em alta de 1,48%, cotado em R$ 5,18
O dólar encerrou nesta segunda-feira (30) em alta de 1,48%, negociado a R$ 5,1822 na venda.
Os investidores seguem acompanhando o avanço das consequências da pandemia de coronavírus. Nos EUA, o pessimismo que influenciou a alta do dólar ocorreu após o governo anunciar o aumento do período de isolamento social até o final de abril. Além disso, as seguintes notícias movimentaram o mercado nesta segunda-feira:
- Boletim Focus prevê queda de 0,48% no PIB de 2020;
- PIB do Brasil deve cair 0,7% em 2020, aponta S&P.
EUA estendem isolamento social
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que estenderá o isolamento social até o dia 30 de abril. O objetivo é minimizar a disseminação do coronavírus, que terá seu pico no país em duas semanas, de acordo com o mandatário norte-americano. A data anterior para o fim da quarentena nos EUA era o dia 12 de abril.
Saiba mais: Donald Trump estende isolamento social até dia 30 de abril
“Estenderemos nossas diretrizes para 30 de abril, para diminuir a disseminação. Na terça-feira, finalizaremos esses planos e forneceremos um resumo de nossas descobertas, apoiando dados e estratégias para o povo americano”, afirmou Trump durante coletiva de imprensa.
O presidente norte-americano estava indo na contramão dessa medida há alguns dias. No último sábado (28), Trump chegou a dizer que não seria necessária uma quarentena nas cidades de Nova York, New Jersey e Connecticut. Na mesma semana, no dia 24 de março, o mandatário chegou a dizer que os EUA já iriam retomar as atividades aos poucos no país.
Boletim Focus
Os especialistas do mercado financeiro, responsáveis pela elaboração do Boletim Focus, cortaram a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 novamente. A estimativa é de uma recessão de 0,48%.
Saiba mais: Boletim Focus prevê queda de 0,48% no PIB de 2020
Na primeira leitura do Boletim Focus deste ano, os economistas previam um crescimento de 2,30% no PIB. Devido aos impactos econômicos da pandemia do coronavírus, essa é a sétima semana consecutiva em que a previsão da atividade econômica brasileira é reduzida.
Além disso, a previsão da taxa básica de juros da economia (Selic) foi diminuída para 3,50%. Já para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção é de 2,94% em 2020.
S&P prevê queda no PIB brasileiro
A agência de classificação de risco S&P Global Ratings informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá cair 0,7% em 2020. A queda foi motivada pelos impactos econômicos da pandemia de coronavírus.
Saiba mais: PIB do Brasil deve cair 0,7% em 2020, aponta S&P
Em contrapartida a retração neste ano, a agência prevê um avanço de 2,9% da economia brasileira em 2021. Já para 2022, a projeção é que o PIB do País cresça 2,5%.
Além disso, a empresa manteve o rating soberano do Brasil em “-BB”, com perspectiva positiva. A nota indica que o País está três classificações abaixo do grau de investimento, quando é considerado um bom pagador.
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira, o dólar encerrou em alta de 2,22%, cotado a R$ 5,1066 na venda.