Dólar encerra em alta de 2,21%, cotado em R$ 5,13

O dólar encerrou nesta segunda-feira (23) em alta de 2,21%, negociado a R$ 5,1385 na venda.

O Senado dos Estados Unidos rejeitou, pela segunda vez, o pacote de estímulos econômicos para combater os efeitos do coronavírus. Além disso, as seguintes notícias estiveram no radar dos investidores e contribuíram para a alta do dólar nesta segunda-feira:

  • Fed anuncia compra ilimitada de títulos americanos;
  • FMI disse que crise de 2020 pode ser igual ou pior que a de 2008;
  • Morgan Stanley prevê queda de 30% no PIB dos EUA no 2T20.

Pacote de estímulos econômicos

O Senado dos Estados Unidos rejeitou novamente o pacote de estímulos econômicos de US$ 1,6 trilhão para combater os efeitos do novo coronavírus na economia.

Saiba mais: Coronavírus: Senado dos EUA rejeita plano de estímulos pela segunda vez

O pacote foi reprovado mesmo após o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, realizar diversas negociações com os parlamentares. A proposta para conter os impactos do coronavírus já havia sido rejeitada pelo Senado norte-americano no último domingo (22).

A medida, redigida principalmente por republicanos, foi rejeitada após oposição do Partido Democrata. Isso porque, segundo os senadores democratas, a proposta traz poucos benefícios aos trabalhadores e só busca salvar as empresas.

Fed compra títulos norte-americanos

O Federal Reserve (Fed) anunciou a compra ilimitada de títulos do tesouro americano. O banco central dos Estados Unidos informou que essas novas medidas são para conter os efeitos da pandemia de coronavírus na economia norte-americana.

Saiba mais: Fed anuncia compra ilimitada de títulos americanos

O Fed vai comprar US$ 375 bilhões (R$ 1,8 trilhão) em Tesouro americano (Treasuries) e US$ 250 bilhões (R$ 1,2 trilhão) em título hipotecários. O objetivo da instituição é liberar crédito para os mercados que enfrentam problemas em razão do coronavírus.

“Embora muita incerteza permaneça, ficou claro que a economia enfrentará distúrbios severos. Esforços agressivos precisam ser tomados em todo o setor público e privado para limitar as perdas de empregos e renda, e para promover uma recuperação rápida quando os distúrbios passarem”, informou o banco.

FMI prevê crise igual ou pior do que em 2008

O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou que a crise atual, ocasionada pela pandemia do coronavírus pode ser pior ou igual a crise financeira enfrentada em 2008. A informação foi concedida após uma teleconferência entre os ministros de finanças e os presidentes dos Bancos Centrais dos países membros do G20.

Saiba mais: FMI disse que crise de 2020 pode ser igual ou pior que a de 2008

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, informou que como boa parte dos países está paralisando suas atividades, a economia global deve sofrer graves danos.

Segundo ela, existe a possibilidade de enfrentarmos uma recessão pior ou igual a da crise de 2008. Entretanto, acrescentou “mas nós esperamos recuperação em 2021”.

PIB dos EUA

O Morgan Stanley prevê queda de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre de 2020. Com isso, a economia do país norte-americano chegaria ao menor nível em 74 anos.

Saiba mais: Morgan Stanley prevê queda de 30% no PIB dos EUA no 2T20

De acordo com os economistas da empresa, a redução reflete os impactos do novo coronavírus na economia. Dessa forma, visto que a doença deverá atingir seu pico entre abril e maio, o crescimento econômico dos EUA deverá se recuperar somente a partir do terceiro trimestre.

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Caso o pico da doença ocorra depois do previsto, a economia no terceiro trimestre também será impactada. Como consequência, a instituição financeira prevê queda de 8,8% para o PIB norte-americano em 2020 neste cenário. Assim, a economia dos EUA retornaria ao mesmo nível do início dos anos 1930.

Última cotação do dólar

Na última sessão, sexta-feira (20) o dólar encerrou em queda de 1,5%, cotado a R$ 5,027.

Giovanna Oliveira

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