Nesta quinta-feira (3), o dólar começa o dia em movimento ascendente, após cortes na taxa de juros (Selic) pós-Copom. No cenário internacional, os dados de atividade econômica na Europa, os PMIs vieram abaixo do esperado e a cautela persiste.
Copom corta 50 pontos da Selic
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu a taxa Selic de 13,75% para 13,25%, 50 pontos-base, na conclusão do encontra na noite da quarta-feira (2).
Por 5 votos a 4, o corte veio maior do que esperado por uma grande fatia do mercado, que considerava o corte de apenas 25 p.b.
O voto de desempate veio do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e a sinalização do colegiado também é de novos cortes de 50 p.b. para as próximas reuniões.
Cautela internacional tensiona moedas europeias enquanto dólar sobe
No exterior, o mercado volta a operar sob cautela, ecoando o rebaixamento do rating soberano dos Estados Unidos pela Fitch de AAA para AA+.
Além disso, os rendimentos dos Treasuries longos e a moeda americana sobem, servindo de contraponto ao recuo da curva de juros.
Do outro lado do Atlântico, os dados de atividade Índices de Gerentes de Compra (PMIs, do inglês Purchasing Managers Index) europeus vieram abaixo do esperado, empurrando ainda euro e libra para baixo.
A libra esterlina do Reino Unido recua frente ao dólar, também na esteira da publicação da decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), que elevou a taxa básica de juros em 25 pontos-base, conforme já esperado pelo mercado. Antes da decisão, a moeda britânica era negociada a US$ 1,2660 e, às 9h11, caía mais, a US$ 1,2643. Os rendimentos dos bônus britânicos, conhecidos como Gilts, registraram perdas também após a decisão.
Às 9h29, o dólar à vista subia 1,13%, aos R$ 4,8598. O dólar para setembro ganhava 0,98%, aos R$ 4,8885.
Com informações de Estadão Conteúdo.