Dólar inicia a semana em alta de 2,3% com tensão geopolítica no radar
O dólar inicia a semana em alta com as tensões geopolíticas e o mercado internacional no radar.
Por volta das 9h50, nesta segunda-feira (4), o dólar variava positivamente a 2,317%, sendo negociado a R$ 5,562 O mercado está atento ao desdobramento da escalada de tensão entre as duas maiores economias do mundo, os EUA e a China.
Além disso, segue no radar do investidor a reabertura da Itália, o primeiro país a decretar confinamento da população, e o mercado internacional que opera em queda.
EUA X China
A escalada de tensão geopolítica entre as duas maiores economias do mundo só aumenta.
Na última sexta-feira (1), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o acordo comercial com a China é de importância secundária diante da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Além disso, o mandatário norte-americano ameaçou impor novas tarifas a Pequim. As taxas, segundo analistas da agência de notícias “Reuters”, são o reflexo da frustração com o país asiático sobre a pandemia, o que custou dezenas de milhares de vidas norte-americanas e uma retração na economia.
Veja Também: Boletim Focus: mercado prevê Selic abaixo de 3% em 2020; PIB recua
“Assinamos um acordo comercial onde eles deveriam comprar, e eles estão comprando muito, na verdade. Mas isso agora se torna secundário ao que ocorreu com o vírus”, disse Trump a repórteres. “A situação do vírus simplesmente não é aceitável.”
Por sua vez, salientando ainda mais as tensões, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo afirmou no último domingo (3) que o governo tem a certeza de que o novo vírus foi criado artificialmente.
“Posso dizer que há uma quantidade significativa de provas de que isso veio de um laboratório em Wuhan”, disse o secretário à emissora norte-americana ABC News.
Dessa forma, Pompeo contrariou as informações de inteligência dos EUA que havia afirmado que a covid-19 é natural e não foi desenvolvida pela biotecnologia.
Itália reabre economia
O primeiro país a confinar toda a população, a Itália, iniciou nesta segunda o regime de semiliberdade vigiada.
Cerca de 4,4 milhões de italianos, que não conseguem trabalhar em “home office” devem retornar ao trabalho. No entanto, o retorno deve respeitar a distância social, inclusive nos transporte públicos que devem funcionar com capacidade reduzida, e uso obrigatório de máscaras.
No último domingo, o país europeu informou que o número de mortos pela covid-19 nas últimas 24 horas chegou a 174, o balanço mais baixo desde o início do confinamento.
Mercado global
Os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias abriram em baixa, assim como se encerrou o mercado asiático, nesta segunda, monitorando a tensão entre China e EUA.
Por volta das 6h40, os índices norte-americanos apresentavam desvalorização em seus indicadores. O futuro Dow Jones e o S&P 500 caíam por volta de 1,5%. Por sua vez, a Nasdaq operava a – 0,63%.
Na Europa, os índices das bolsas operam forte em queda. O Reino Unido caía 0,18% e França registrava queda de 3,85%. Na Itália a bolsa desvalorizava 2,84% e Alemanha caía 3,14%.
As bolsas asiáticas também fecharam as negociações em queda. A bolsa da China não abriu devido ao feriado nacional, assim também foi no Japão. Na Coreia do Sul a bolsa terminou o dia em queda de 2,68%. A bolsa de Hong Kong desacelerou para 4,18%.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira, o dólar encerrou em alta de 1,546% a R$ 5,438.