Dólar em alta ainda cauteloso a possíveis atitudes hawkish do Fed
O dólar nesta manhã de quinta-feira (21) está subindo, acompanhando o clima de cautela que predomina nos mercados globais. A movimentação ocorre após a recente decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, ter insinuado a possibilidade de um aumento nas taxas de juros em novembro.
Hoje (21), os ativos financeiros reagem às novas decisões sobre juros adotadas por outros bancos centrais, o que contribui para um ambiente de incerteza e pressiona as bolsas de valores.
Ontem, o Fed manteve as suas taxas de juros inalteradas de 5,25% e 5,50%, conforme esperado, mas deixou a porta aberta para um possível ajuste residual em novembro.
Os rendimentos dos Treasuries, por sua vez, operam sem uma direção clara, embora o rendimento dos T-bonds de 30 anos tenha ganhado força, atingindo recentemente o nível mais alto desde abril de 2011.
Dólar após taxas de juros no Brasil, EUA e Inglaterra
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou ontem o corte na taxa Selic de 0,50 ponto percentual e indicou a possibilidade de um novo ajuste na mesma proporção no futuro, em consonância com as expectativas da maioria do mercado.
No Reino Unido, a reunião do Banco da Inglaterra (BoE) chegou ao fim hoje com a decisão de manter as taxas de juros inalteradas, enquanto o mercado havia antecipado um aumento. Cinco dos diretores votaram a favor da manutenção, enquanto quatro defenderam o aumento das taxas. A consultoria britânica Capital Economics acredita que essa decisão do BoE provavelmente indica que as taxas atingiram o seu pico.
“Acreditamos que os juros ficarão nesse nível de pico de 5,25% por mais tempo do que os investidores esperam”, afirmou a Capital Economics em uma nota aos seus clientes. Além disso, a consultoria prevê que o BoE começará a reduzir as taxas de juros no final de 2024, em um ritmo mais amplo e rápido do que o esperado.
Às 10h10, a cotação do dólar à vista era R$ 4,9253, marcando um aumento de 0,93%. Enquanto isso, o dólar futuro para liquidação em outubro registrava uma alta de 0,91%, alcançando R$ 4,9315.
Com informações de Estadão Conteúdo.
