O dólar permanece em alta na tarde desta segunda-feira (9) com o mercado atento ao novo Bolsa Família.
Por volta das 14h30, o dólar subia a 0,39%, negociado a R$ 5,2506. O presidente Jair Bolsonaro entregou nesta segunda-feira (9) à Câmara dos Deputados a proposta do novo Bolsa Família, conhecido como Auxílio Brasil, com um valor no mínimo 50% superior ao atual. Hoje o valor médio do Bolsa Família é de R$ 192.
O novo Bolsa Família será definido somente no final deste ano. O governo defende que o auxílio deverá pagar R$ 400, mas a equipe econômica diz que o espaço no Orçamento é de R$ 300, para não estourar o teto de gastos públicos.
Bolsonaro havia dito que o valor mínimo seria de R$ 300, mas que tinha a intenção de aumentar para até R$ 400, o que representaria um incremento de 100% em relação ao que é pago hoje. Mas a afirmou que o garantido no momento é subir 50%.
Ele entregou ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para parcelar o pagamento de precatórios e criar um fundo com recursos de privatização a ser destinado para aumentar o valor do Bolsa Família, futuro Auxílio Brasil.
Além disso, move o dólar também as preocupações locais nas áreas fiscal e política e com o aumento forte da inflação, que devem afetar a condução da política monetária do Banco Central. Neste caso, perspectivas de aumentos firmes da Selic até o fim do ano seriam favoráveis à queda do dólar também pela atratividade de capitais, embora tragam pressão de alta aos juros.
Na ultima quarta, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou o juro básico a 5,25% ao ano e indicou outro aumento de 1 ponto na reunião de setembro. Mas a inflação interna não dá trégua e alguns investidores já falam que Selic a 7,5% no fim do ano é piso das apostas.
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira (6), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,40%, negociado a R$ 5,23.