O dólar encerrou nesta segunda-feira (26) em alta de +0,369% com sua venda a R$ 4,1396. A moeda norte-americana chegou ao maior valor desde 18 de setembro de 2018, quando chegou a R$ 4,142.
O dólar subiu devido a vários fatores. Entre eles, as tensões entre o presidente da França, Emmanuel Macron, e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
Além disso, contribuíram para a alta: a declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou que a China tem a intenção de retomar e concluir o acordo comercial e a pesquisa da CNT/MDA que informou que Bolsonaro é reprovado pela maior parte dos brasileiros.
Tensões entre Macron e Bolsonaro
O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou nesta segunda-feira (26), que quer reabrir o acordo de livre-comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, dizendo que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, não respeita os compromissos assumidos na área ambiental. A informação foi divulgada pelo jornal “Valor Econômico”
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Macron disse em entrevista à TV F1, que rejeitou a ideia do acordo estar descartado, contudo, afirmou que “o texto do Mercosul não é suficiente”, já que a França não deu seu aval definitivo.
A França, antes de uma possível ratificação, exige mudanças em relação ao combate às mudanças climáticas e à proteção da Amazônia.
Emmanuel Macron também lembrou que o acordo entre a UE e o Canadá foi “melhorado” antes da ratificação.
Segundo o presidente do país, o que ocorre com a Amazônia é uma demonstração de que Bolsonaro não respeita suas promessas em relação à área ambiental.
Acordo comercial entre China e EUA
Em mais um capítulo da guerra comercial, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou , nesta segunda-feira (26), que a China tem a intenção de retomar e concluir o acordo comercial.
“A China ligou ontem à noite para o nosso principal representante e disse: ‘voltemos à mesa’, então voltaremos à mesa. Acho que eles querem fazer alguma coisa. Acho que vamos ter um acordo”, disse o presidente americano Donald Trump.
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Além disso, o principal negociador chinês, Liu He, afirmou estar disposto a “resolver o problema com calma por meio de consultas e cooperação”.
Na última sexta-feira (23), a escalada de tensões da disputa comercial foi elevada devido ao pedido de Trump de que empresas norte-americanas encerrassem suas operações no país oriental. Ademais, a China afirmou que iria retaliar os EUA.
Reprovação do governo Bolsonaro sobe 20,5%
Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional dos Transportes com o instituto MDA (CNT/MDA) nesta segunda-feira informou que o mandato do presidente Jair Bolsonaro é reprovado pela maior parte dos brasileiros.
Conforme os dados da CNT/MDA, 53,7% da população não aprovam o desempenho de Bolsonaro até o momento. Por outro lado, 41% dos brasileiros apoiam o mandatário. Do total de entrevistados, 5,3% não souberam opinar ou não responderam.
A última pesquisa divulgada foi em fevereiro deste ano, quando a aprovação do presidente era de 57,5%.
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A parcela dos entrevistados que avalia o governo como ruim ou péssimo é de 39,5%. Somente 29,4% consideram ótimo ou bom e 29,1% caracterizaram como regular.
Última cotação dólar
Na última sessão, o dólar encerrou na última sexta-feira (23) em alta de 1,148%, negociado a R$ 4,1244 na venda.