O dólar fechou esta sexta-feira (08) em alta de 0,625%, cotado a R$ 3,734. É a terceira alta consecutiva. O resultado reflete as preocupações do mercado com a reforma da Previdência e o cenário externo.
Na sessão, o dólar permaneceu acima de R$ 3,71 durante quase todo o dia. Na abertura, às 9 horas, registrou a mínima de R$ 3,7062. A tarde, a moeda americana ganhou fôlego e atingiu uma máxima de R$ 3,7436 por volta das 14 horas.
Confira como se comportaram o euro e a libra nesta sexta-feira:
- Euro: queda de 0,031% (R$ 4,2191);
- Libra: alta 0,012% (R$ 4,8178);
Movimentação do Banco Central
O Banco Central (BC) do Brasil vendeu nesta sessão 10,33 mil swaps cambiais tradicionais. Os swaps são equivalente à venda futura de dólares.
No entanto, com a venda, o banco rolou US$ 3,099 bilhões do total de US$ 9,811 bilhões que tem vencimento em março.
Guerra comercial
A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de não se reunir com o presidente da China, Xi Jinping, antes do encontro oficial marcado para ocorrer no dia 1º de março colocou o mercado em sinal de alerta. O anúncio decepcionou os investidores, que esperavam que as negociações estivessem mais avançadas.
Durante a realização da cúpula do G-20, ocorrida na Argentina em dezembro no ano passado, as duas potências concordaram em assinar uma trégua de 90 dias, prevista para acabar no dia 1º de março.
Nesse período, duas negociações já ocorreram:
- entre 7 e 9 de janeiro
- entre 30 e 31 de janeiro
No último dia 31 de janeiro, o presidente Donald Trump publicou em seu Twitter que não fará o acordo comercial enquanto Pequim não abrir os mercados para os produtos norte-americanos.
“Esperamos que a China abra seus mercados não apenas para os serviços financeiros, que é o que eles estão fazendo agora, mas também para nossos fabricantes, produtores e outros negócios e indústrias dos EUA. Sem isso, um acordo seria inaceitável!”, afirmou Donald Trump pelo Twitter
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Bolsonaro
Na última quinta-feira (09), o boletim médico do presidente Jair Bolsonaro revelou sinais de pneumonia. A tomografia do tórax e abdome mostrou que houve evolução no quatro intestinal, mais também uma imagem compatível com o problema respiratório. Com isso, Bolsonaro deve permanecer entre cinco e sete dias internado a fim de se recuperar.
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Dessa forma, a apresentação da reforma da Previdência deve ser adiada. De acordo com o porta-voz Otávio do Rêgo Barros, Bolsonaro só decidirá os termos da reforma quando estiver em “condições totais” e “saindo pela porta da frente”. A previsão era de que o texto fosse apresentado entre os dias 19 e 20.
Última cotação
No último pregão, na quinta-feira (7), o dólar teve uma queda de 0,116% sendo comercializado em R$ 3,7108.