O dólar encerrou está quarta-feira (5) em alta de 1,001%, negociado a R$ 3,8953, após três quedas seguidas. O repercute a tramitação da reforma da Previdência e a decisão do Congresso Nacional de adiar a votação sobre o crédito extra para o governo.
Nesta sessão, a moeda norte-americana iniciou o dia em queda. Às 9h40, atingiu a cotação mínima, negociada a R$ 3,8408. Porém, a tarde, o dólar subiu e chegou a máxima vendido a R$ 3,9002 por volta das 16 horas. Essa é a maior alta diária em quase três semanas.
Confira o fechamento das principais moedas:
- Euro: alta de 0,433 %, negociado a R$ 4,3576.
- Libra esterlina: alta de 0,605 %, negociada a R$ 4,9255
O Banco Central (BC) vendeu nesta quarta-feira todos os 5,050 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, de um total de US$ 10,089 bilhões que vencem em julho.
Votação do crédito extra
A Comissão Mista de Orçamento (CMO) adiou nesta quarta-feira (5) a votação sobre o pedido de R$ 248,9 bilhões em crédito extra feito pelo governo. A suspensão ocorreu porque os parlamentares não conseguiram chegar a um acordo. Esse valor suplementar seria obtido através de emissões de títulos do Tesouro Direto.
A equipe econômica pediu ao Congresso a liberação de um crédito suplementar para arcar com as despesas. Inicialmente o pedido feito foi de R$ 248 bilhões. Contudo, após revisão, foi solicitado uma liberação de R$ 146 bilhões. Em maio o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, declarou que o governo pode ter “sérios problemas” caso o valor não seja liberado pelo Legislativo.
Reforma da Previdência
O parecer da reforma da Previdência deve ser entregue à Comissão Especial na próxima segunda-feira (10). Deputados ainda discutem alguns pontos para chegar a um concesso. A princípio, o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência, Samuel Moreira, informou que o texto seria entregue até o dia 15 de junho.
Previdência: parecer da reforma deve ser entregue na próxima segunda-feira
Porém, ainda existem pontos controversos. Um dos principais é a inclusão ou não dos Estados e municípios nas novas regras previdenciárias. Além disso, a alteração do sistema de repartição para o de capitalização também gera discordâncias.
EUA x México
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, na última terça-feira (4), que seguiria com as taxas impostas sobre os produtos mexicanos. Porém, senadores americanos já se mostraram contrários à proposta.
“Na minha conferência não há muito apoio às tarifas “, disse o líder do Senado, Mitch McConnell. Conforme o líder, o que se espera dos acordos entre os dois países são boas negociações e a retirada das tarifas.
Saiba mais: Senadores americanos são contra tarifas impostas ao México
“Eu sou totalmente contra as tarifas” disse o senador Kevin Cramer. Já o senador Mike Braun afirmou “não ouvi muitos senadores, ou mesmo nenhum, dizendo que queriam as tarifas”.
O senador republicano, Ron Johnson, disse que as taxas não são bem avaliadas por senadores do partido. “Acho que a administração deveria se preocupar com a possibilidade de outro voto de desaprovação de outra lei de emergência nacional, desta vez para tentar implementar tarifas. As taxas não são bem vistas na conferência republicana. Este é um voto diferente”, afirmou.
Última cotação
Na última sessão, que ocorreu na terça-feira (4), o dólar teve queda de 0,831% sendo negociado a R$3,8567.