O dólar encerrou o pregão desta sexta-feira (2) subindo 0,16%, negociado aos R$ 5,053 na venda.
Após encerrar junho em forte queda, a moeda voltou a subir no início deste mês, fechando a semana em alta acumulada de 2,34%.
De acordo com Lucas Schroeder, Diretor de Operações na Cambio Curitiba, o segundo semestre já chegou com grande volatilidade para o dólar, diz o especialista, “puxado principalmente pelo resultado da geração de empregos nos EUA, que superou as previsões, assim, dando maior força para a moeda americana”.
Diante disso, confira o desempenho do dólar durante esta semana:
- Segunda-feira (28): em queda de 0,19%, a moeda fechou cotada aos R$ 4,92
- Terça-feira (29): anotando uma alta de 0,28%, o dólar encerrou o pregão aos R$ 4,94
- Quarta-feira (30): aos R$ 4,97, a moeda fechou em alta de 0,63%
- Quinta-feira (31): subindo 1,45%, o dólar fechou o pregão negociado a R$ 5,04
Notícias que movimentam o dólar hoje
Confira outras notícias que também movimentaram o mercado hoje:
- EUA geram 850 mil postos de trabalho em junho, mas taxa de desemprego sobe a 5,9%
- Recuperação da zona do euro ainda é frágil, diz presidente do BCE
- Irlanda pode atrapalhar planos de alíquota mínima para imposto corporativo global
EUA
A economia dos Estados Unidos criou 850 mil empregos em junho, em termos líquidos, segundo dados publicados nesta sexta-feira, 2, pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou dentro da faixa de expectativa de analistas consultados pelo Estadão/ Broadcast, que previam a criação de 500 mil a 1,05 milhão de vagas no último mês, e acima da mediana de 800 mil. Já a taxa de desemprego dos EUA subiu de 5,8% em maio para 5,9% em junho. A projeção era de queda da taxa, a 5,7%.
O Departamento do Comércio também revisou os números de geração de postos em maio, de 559 mil para 583 mil, e em abril, de 278 mil para 269 mil.
Em junho, o salário médio por hora aumentou 0,33% em relação a maio, ou US$ 0,10, a US$ 30,40. Neste caso, a previsão era de alta um pouco maior, de 0,40%. Na comparação anual, houve acréscimo salarial de 3,58% em junho, também abaixo do avanço previsto de 3,70%.
Zona do euro
A economia da zona do euro está começando a se recuperar da crise gerada pela pandemia de covid-19, mas a retomada ainda é frágil, afirmou a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, em entrevista publicada nesta sexta-feira. “Concordamos em manter (estímulos emergenciais) até pelo menos março de 2022 e, de qualquer forma, até que julguemos que a crise do coronavírus chegou ao fim”, disse Lagarde, ao jornal francês La Provence.
Também na entrevista, Lagarde comentou que a zona do euro ainda não está numa situação de recuperação econômica sustentável que garanta a estabilidade dos preços.
O BCE tem como meta manter a inflação anual do bloco ligeiramente abaixo de 2%.
Irlanda
Após anúncio de um acordo entre 130 países para revisar regras fiscais para companhias globais, a resistência da Irlanda pode atrapalhar os planos. Entre as medidas anunciadas pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que coordena as negociações, estaria a determinação de uma alíquota mínima de 15%. A posição de Dublin, portanto, não surpreende, uma vez que defende vigorosamente, há anos, seu regime de impostos corporativos de 12,5%.
As negociações em Bruxelas devem ser acirradas, já que a aprovação de uma nova legislação tributária depende de unanimidade por todos os membros da União Europeia.
Além de poder impedir a mudança, a Irlanda ainda conta com Hungria e Estônia como companheiras resistentes.
Nos Estados Unidos, o debate também não deve ser fácil.
Fechamento do câmbio hoje
Além do dólar comercial, confira a cotação das principais moedas hoje:
- Euro hoje: +0,32% aos R$ 5,99
- Libra hoje: +0,66% aos R$ 6,99
- Dólar turismo hoje: +1,13% aos R$ 5,2o
- Bitcoin: -0,06% aos R$ 168.984,484
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira (01), o dólar fechou em alta de 1,45%, negociado a R$ 5,045.