Dólar encerra em alta de 0,429% após adiamento de saques do FGTS
O dólar encerrou esta sexta-feira (19) em alta de 0,429%, cotado em R$ 3,7453 na venda. O mercado está reagindo a uma série de tensões no cenário interno.
A moeda norte-americana iniciou o dia em alta 0,147%, sendo negociado a R$ 3,7341, por volta das 9h15. A cotação máxima do dólar foi de R$ 3,7509, registrada às 15h50. A mínima foi de R$ 3,7348 por volta das 10h30.
A desvalorização do real ante a moeda estadunidense está relacionada ao adiamento do saque do FGTS, anunciado nesta sexta-feira. Os investidores também estão reagindo a declaração do presidente do BNDES sobre o colapso econômico nacional.
Além disso, a CNC divulgou resultados negativos sobre a Intenção de Consumo das Famílias (ICF).
FGTS
O anúncio da liberação das contas do FGTS foi adiado. O governo pretendia anunciar a medida na última quinta-feira (18). Contudo, a pressão imposta pelo setor de construção civil e o curto prazo que a Caixa teria para planejar os atendimentos aos servidores atrasou a liberação.
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A informação de que outras regras para os saques foram aderidas também foi divulgada nesta sexta-feira. As novas medidas foram adotadas pois o governo quer impedir que haja uma diminuição excessiva na quantidade de recursos do fundo.
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, informou que a liberação será confirmada na próxima quarta-feira (24). Além disso, Lorenzoni disse que as informações sobre o FGTS vazaram antes da conclusão dos estudos sobre o assunto.
Colapso econômico
O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, declarou nesta sexta-feira que a economia do Brasil está em colapso.
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Conforme Montezano, o colapso econômico do Brasil foi causado por políticas dos últimos governos que levaram ao crescimento exagerado do Estado. Dessa forma, para ele, a função do BNDES é “desfazer os estragos dos últimos anos”.
O presidente do BNDES exemplificou a crise econômica ao afirmar que 30 milhões de pessoas estão desempregas no Brasil.
Redução no consumo
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 1,7% em julho ante junho. A informação foi divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
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Segundo a CNC, o indicador registrou 89,8 pontos em julho em relação aos 91,3 pontos de junho. A escala varia entre zero e 200 pontos. Contudo, a intenção de consumo em julho teve alta de 5,5 ante o mesmo mês de 2018.
Essa é a quinta redução seguida. Assim, os únicos meses de 2019 que apresentaram alta na intenção de consumo foram janeiro e fevereiro. Os resultados para esses meses foram de 5,1% e 2,7%, respectivamente.
Última cotação
Na última quinta-feira (18), o dólar encerrou com queda de -0,861% sendo negociado a R$ 3,7293.