Dólar tem alta de 0,3%, às vésperas de decisões de juros no Brasil e EUA
O dólar avança na tarde desta terça-feira (15) às vésperas da decisão monetária dos Estados Unidos e do Brasil.
Por volta das 14h45, o dólar tinha alta de 0,30%, negociado a R$ 5,07. O mercado está na expectativa da ‘Super Quarta’ — dia em que vai ser divulgado as decisões monetárias de ambos os bancos. As duas instituições estão pressionadas pelo avanço da inflação.
De acordo com o economista-chefe do banco digital modalmais, Alvaro Bandeira, a semana é complicada, “pois, insere indicadores que podem mexer com os mercados de risco, começando com as decisões do FED (Banco Central dos EUA) e do Copom (do BC do Brasil) sobre política monetária“.
O mercado espera, segundo Bandeira, que o Fed mantenha a política anterior e que afaste a possibilidade de reduzir a compra de ativos. Ou seja, a expectativa é pela manutenção dos estímulos monetários e nova sinalização de que a taxa de juros deve se manter na faixa atual até 2023.
“Para o Copom, o consenso é de elevação da Selic em 0,75% (surpresa seria 1%) e que sinalize nova elevação de 0,75%, como fez na reunião anterior, e que tire a frase de normalização parcial dos juros, optando por buscar juros neutros”, comentou o economista.
Portanto, a expectativa é que a taxa básica de juros (Selic) avance 0,75 ponto-base, para 4,25% ao ano, conforme indicado na última reunião. O mercado financeiro revisa para cima as projeções e estima a taxa de 6,25% até dezembro.
Especialistas consultados pelo Suno Notícias estimam que o Copom deva acentuar o ciclo de alta da Selic, retirando o termo “parcial” do ajuste monetário vigente. Hoje, há espaço para um maior aperto monetário — e não apenas parcial — por conta da capacidade ociosa produtiva menor do que nos últimos meses. Sinal disso são os resultados acima das projeções, tanto da atividade como da inflação.
Última cotação do dólar
Na última sessão, segunda-feira (14), o dólar encerrou o pregão em queda de 1,01%, negociado a R$ 5,07.
