Dólar reverte queda e tem alta de 0,44%, negociado a R$ 5,32
O dólar reverte queda, apresentada na manhã desta quinta-feira (13), e tem alta com os investidores atento ao aumento da taxa de juros norte-americana (Treasuries).
Por volta das 14h50, o dólar subia 0,44%, negociado a R$ 5,32. Os dados sobre a inflação da principal economia do mundo, os Estados Unidos, influenciam na alta dos juros, o que impacta também na cotação da moeda brasileira.
Após terem atingido quase 1,8% em março e arrefecido nas semanas seguintes, as Treasuries de 10 anos agora são negociadas com um rendimento de 1,702%, de 1,693% ontem. Elas começaram o ano em 0,915%.
Os EUA divulgaram na quarta-feira (12) o índice de preços ao consumidor (CPI) que saltou 4,2% em abril em relação ao ano anterior, ante 2,6% no ano encerrado em março. Esse é o nível mais alto em 12 meses, desde 2008.
Em uma coletiva de imprensa, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que o avanço do indicador é resultado da transição que o país vive, da crise gerada pela pandemia de covid-19 para a retomada econômica.
Segundo Psaki, o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, se preparou para essa alta da inflação. “Continuamos consistentemente monitorando a inflação”, garantiu.
O argumento da Casa Branca de que a alta dos preços é transitória é o mesmo usado pela maioria dos dirigentes do Federal Reserve, o banco central norte-americano.
CPI da Covid
Na análise da economista-chefe da Consulenza, Helena Veronese, outro fator que movimenta o dólar nesta tarde é a CPI da Covid, principalmente, após as declarações da Pfizer. “Por aqui, o cenário político segue em destaque, com o depoimento do ex-presidente da Pfizer do Brasil na CPI da Covid-19”.
O gerente-geral da farmacêutica Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, afirmou à CPI da Covid no Senado nesta quinta-feira que o governo brasileiro não aceitou às propostas da compra de vacinas.
Se o Brasil tivesse negociado com a Pfizer a aquisição dos imunizantes em agosto de 2020, o país poderia ter recebido 4,5 milhões de doses a mais de vacinas contra a Covid-19 ate março deste ano.
O fato de o governo Bolsonaro ter menosprezado os contatos da Pfizer fez com que o Brasil não aplicasse no primeiro trimestre deste ano nenhuma dose daquela que é considerada uma das melhores vacinas contra a Covid-19.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira (12), o dólar encerrou em alta de 1,59%, negociado a R$ 5,30.