Dólar sobe 1,17% no pregão, com ata do Fed e criptomoedas em queda livre
O dólar encerrou o pregão desta quarta-feira (19) em alta de 1,17%, negociado a R$ 5,316, interrompendo a sequência de quedas.
Por volta das 13h, o dólar subia 0,33%, cotado a R$ 5,272 na venda, após ter anotado três quedas seguidas.
Hoje o mercado se manteve atento às falas do Federal Reserve, o Banco Central americano, em relação à economia dos Estados Unidos e também a queda brusca das criptomoedas, que vem despencando desde o último pregão.
De acordo com a economista do Banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli, o dólar foi mais pressionado no Brasil, por conta do cenário externo, principalmente.
“A ata do Fed continuou reforçando a ideia de que a inflação mais alta é transitória nos Estados Unidos, além de sinalizarem que os estímulos à economia devem continuar. Isso fortaleceu o dólar e as moedas emergentes acabaram sofrendo com isso e principalmente, o real”.
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Sistema financeiro americano
A maioria dos dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) considera que as turbulências observadas durante a crise da covid-19 expuseram a “resiliência” do setor financeiro, conforme mostra ata referente à mais recente reunião de política monetária da instituição, divulgada nesta quarta-feira, 19.
Ainda assim, de acordo com o documento, alguns participantes do encontro citaram riscos decorrentes de atividades de fundos de hedge alavancados. Para eles, o sistema regulatório não tem uma visão muito ampla dessa área, o que pode trazer problemas.
Indicadores econômicos EUA
Dirigentes do Federal Reserve (Fed) notaram que a pandemia de covid-19 segue provocando dificuldades econômicas e humanas nos Estados Unidos, segundo informa a ata da mais recente reunião de política monetária da entidade, divulgada nesta quarta-feira (19).
Os membros do Comitê federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed afirmaram que indicadores de atividade e emprego demonstraram fortalecimento recente no país, seguindo o progresso na vacinação e o apoio fiscal.
Por outro lado, o desempenho dos setores mais afetados pela crise segue fraco. Ainda assim, a economia americana avançou acentuadamente neste ano, em parte devido à acelerada vacinação nos EUA, diz o documento.
BCE
Dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Philipe Lane voltou a defender a importância da preparação para os riscos associados às mudanças climáticas. Em evento virtual nesta quarta-feira, 19, Lane revelou que o tema terá papel fundamental na revisão estratégica de política monetária que está sendo feita pelo BCE.
“Se transição à economia verde atrasar, será risco mais amplo ao sistema”, destacou Lane.
Criptomoedas em queda livre
Os mercados de criptomoedas estão em queda livre desde o último pregão após a China proibir bancos e empresas financeiras de oferecerem serviços com as moedas digitais. O Bitcoin, maior das criptomoedas em valor de mercado, despencou até 30%, para US $ 30.101, nesta quarta-feira (19).
Todavia, por volta das 14h de hoje, o Bitcoin voltou para cerca de US$ 40 mil, mas ainda estava recuando 8%.
Além disso, outras moedas digitais também foram atingidas por quedas bruscas, como o Ethereum, uma das criptomoedas de melhor desempenho no mês passado, que perdeu um quarto de seu valor antes de moderar para perdas de cerca de 16%. Ou o dogecoin, que caiu até 40% no pregão.
Última cotação do dólar
Na última sessão, terça-feira (18), o dólar encerrou em queda de 0,22%, negociado a R$ 5,255