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Dólar tem alta de 1%, com governo pressionado pelo Congresso

Dólar

Dólar: Segundo operadores, o fluxo estrangeiro para ativos locais continua firme, com investidores alocando em bolsa, insuflada pela alta das commodities, e montando operações de carry trade

O dólar tem alta na manhã desta quinta-feira (25) com as declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira, de erros “desnecessários e inúteis” referente a gestão diante da pandemia pelos governos.

Por volta das 10h20, o dólar tinha alta de 1%, negociado a R$ 5,67. Os investidores acompanham o impasse entre o Executivo e o Congresso após as declarações de Lira. O mercado interpreta que o governo de Jair Bolsonaro está sofrendo pressão da sociedade e do Congresso devido a sua gestão diante da crise sanitária.

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O presidente da Câmara dos Deputados disse que os “remédios políticos” no Congresso contra a “espiral de erros” no combate à pandemia são “conhecidos, amargos e alguns fatais”.

Lira disse que estava “apertando o sinal amarelo” e citou “erros primários, desnecessário e inúteis ” de governos.

“Eu aqui não estou fulanizando. Dirijo-me a todos que conduzem os órgãos diretamente envolvidos no combate à pandemia — o Executivo federal, os executivos estaduais e os milhares de executivos municipais também”, disse o presidente da Câmara.

As declarações são interpretadas pelo mercado como impasse, uma vez que Lira foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, e agora se posiciona com duras críticas aos governos.

“Aqui, o governo está acuado por pressões da sociedade e Congresso, discurso duro de Arthur Lira ontem”, disse sócio e economista-chefe do banco digital modalmais, Alvaro Bandeira.

Já o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se opõe ao lockdown nacional. Segundo o líder da pasta, os Estados e Congressos irão discutir políticas de distanciamento social que “sejam adequadas”.

“O que nós temos, do ponto de vista prático, é adotar medidas sanitárias eficientes que evitem lockdown. Até porque a população não adere a lockdown”, disse o ministro ontem.

No exterior, foco na terceira onda de covid-19

Os hospitais da Hungria estão sofrendo uma pressão “extraordinária” pelas crescentes infecções do novo coronavírus, já que o país se tornou um foco da terceira onda da pandemia que atinge a Europa Central com dureza excepcional.

Especialistas atribuem o fenômeno à disseminação da variante mais contagiosa do vírus, encontrado primeiramente no Reino Unido, que responde pela maioria dos casos relatados agora e infecta famílias inteiras.

A região também abriga muitas fábricas grandes, onde o trabalho remoto não é possível e, desta vez, governos relutam em impor um lockdown rapidamente, temendo mais um choque em suas economias na esteira da recessão do ano passado.

“No exterior, a preocupação com a terceira onda de covid-19 e variantes mais potentes, extensão de isolamento e lockdown, causando atrasos na recuperação da economia global; além de reflação e também alta de juros, ainda que temporária”, disse Bandeira.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quarta-feira (23), o dólar encerrou em forte alta de 2,25%, negociado a R$ 5,64.

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