O dólar encerrou, nesta segunda-feira (27), em alta de 0,585%, negociado a R$ 4,2101 na venda. A variação positiva ocorreu em meio ao clima tenso nos mercados internacionais por conta do aumento do número de casos de coronavírus.
A cotação do dólar nesta segunda-feira corresponde ao maior valor de fechamento desde o dia 2 de dezembro, quando a moeda norte-americana encerrou a R$ 4,2139. Além das tensões envolvendo o vírus, confira quais foram as principais notícias que movimentaram o mercado:
- Rombo nas contas externas sobe 22% em 2019 e chega a US$ 50,76 bilhões;
- Boletim Focus reduz previsão da taxa Selic para 4,25% em 2020.
Coronavírus
Os mercados globais seguem atentos ao coronavírus. Nesta segunda-feira, as principais bolsas de valores do mundo operaram em forte queda. Na China, os mercados financeiros fechados até, no mínimo, a próxima segunda-feira (3). As autoridades chinesas estenderam o feriado do Ano Novo Lunar para tentar tomar novas medidas que possam conter a propagação do vírus.
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Além da desaceleração dos mercados, o aumento do número de casos envolvendo o vírus está pressionando os principais produtores de petróleo do mundo a reduzirem ainda mais suas produções.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia já estão discutindo como responder à crise. A preocupação fez com que os futuros do petróleo Brent, a referência internacional da commodity, chegasse à mínima dos últimos quase quatro meses. “Cortes mais profundos são uma das opções em discussão”, afirmou uma autoridade da OPEP.
Rombo nas contas externas
As contas externas do Brasil reportaram um rombo de US$ 50,762 bilhões em 2019. O montante indica uma alta de 22% quando comparado aos US$ 41,540 registrados no mesmo período do ano anterior.
De acordo com os dados disponibilizados pelo Banco Central (BC), o déficit em transações correntes obtido no ano passado foi o maior em quatro anos. O resultado negativo foi atribuído ao saldo de balança comercial, que foi US$ 13,64 bilhões menor do que em 2018.
Em contrapartida, o valor do déficit registrado no ano passado ficou levemente abaixo da projeção do BC. A autoridade monetária previa um rombo de US$ 51,1 bilhões.
Boletim Focus
Os especialistas das 100 principais instituições financeiras do mercado brasileiro, que contribuem com a elaboração do Boletim Focus, reduziram a previsão da taxa básica de juros do País (Selic) de 2020. De acordo com a nova previsão, no final do ano, a Selic será de 4,25%.
Saiba mais: Boletim Focus reduz previsão da taxa Selic para 4,25% em 2020
Por sua vez, a previsão do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2020, permanece pela 4ª vez consecutiva em queda, passando de 3,50% na última segunda-feira (20), para 3,45% nesta semana.
Além disso, o Banco Central (BC) voltou a elevar a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,31%. Há quatro semanas, a previsão era de 2,30%. Para 2021, a previsão continua em 2,5%.
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira, o dólar encerrou em alta de 0,45%, sendo negociado a R$ 4,1856 na venda.
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