O dólar encerrou nesta terça-feira (3) em alta de 0,537%, negociado a R$ 4,5109 na venda. Esta é a primeira vez que a moeda norte-americana fica cotada acima de R$ 4,50 no fechamento do mercado.
A variação positiva do dólar ocorreu em meio a um novo corte na taxa de juros dos Estados Unidos. Além disso, as seguintes notícias movimentaram o mercado nesta terça:
- Coronavírus: G7 usará ferramentas econômicas para combater epidemia;
- PIB do Brasil crescerá 1,5% em 2020, diz Goldman Sachs.
Fed faz novo corte na taxa de juros
O Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, anunciou um corte de 0,5% na taxa de juros do país. Atualmente, a taxa de juros dos Estados Unidos está entre 1% e 1,25%.
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“O coronavírus apresenta riscos crescentes para a atividade econômica”, informou o Fed em comunicado. “À luz desses riscos e de forma a dar suporte ao emprego e às metas de inflação, o Comitê decidiu hoje reduzir os juros em 0,5 ponto”, salientou a nota.
“Nosso Federal Reserve nos deixa pagando taxas de juros mais altas do que muitos outros, quando deveríamos estar pagando menos. É complicado para nossos exportadores e coloca os EUA em desvantagem competitiva. Tem que ser o contrário. Deveria afrouxar e fazer um corte grande”, afirmou o presidente norte-americano, Donald Trump, antes do anúncio sobre o corte.
Coronavírus
Os países membros do G7 informaram nesta terça-feira que utilizarão todas as ferramentas econômicas apropriadas para se protegerem contra os impactos do coronavírus.
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A informação acontece um dia após a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduzir a previsão de crescimento econômico global por conta da doença
Atualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no mundo, há 65 países com pessoas infectadas pelo Covid-19. Somente na última segunda-feira, seis novos países anunciaram a confirmação de casos da doença. Armênia, República Tcheca, República Dominicana, Luxemburgo, Islândia e Indonésia foram as novas nações afetadas.
PIB do Brasil
Segundo o banco norte-americano Goldman Sachs, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá 1,5% em 2020. Anteriormente, a previsão era de expansão de 2,2% da economia brasileira.
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Além da expectativa sobre a economia, a instituição financeira estadunidense informou que espera que os bancos centrais de todo o mundo cortem suas taxas de juros, afim de evitar desacelerações por conta do coronavírus.
Dessa forma, o Banco Central (BC) do Brasil, ao longo do ano, cortaria 0,5% da taxa de juros básica (Selic) da economia, indo a 3,75%, renovando o menor patamar da série histórica.
Última cotação do dólar
Na última sessão, na segunda-feira (2), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,127%, cotado a R$ 4,4868.
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