Dólar sobe 0,41% em dia de ruídos políticos e encerra negociado a R$ 5,21

O dólar encerrou esta quinta-feira (22) em alta de 0,41%, aos R$ 5,21.

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Hoje, o dólar reverteu as quedas anotadas na terça e quarta-feira, e voltou a subir novamente. O cenário doméstico teve influência, com os ruídos políticos em Brasília. As atenções estavam voltadas para as mudanças ministeriais prometidas para a próxima semana.

O senador Ciro Nogueira deve assumir o comando da Casa Civil, e o ministério do Trabalho pode ser recriado, retirando atribuições do ministro da Economia, Paulo Guedes.

No exterior, os índices passam por acomodação, após dois pregões consecutivos de alta. O Dow Jones cai 0,14%, o S&P 500 -0,02% e Nasdaq sobe 0,23%. Nos EUA, foi divulgado hoje o indicador de pedidos de seguro-desemprego semanal, com 419 mil pedidos, ante estimativa de 350 mil pedidos.

O petróleo, por sua vez, fechou em forte alta, de mais de 2%, e retomou os níveis registrados na sexta-feira passada (16), última sessão antes do “sell-off” de segunda-feira (19), quando os contratos registraram baixa de cerca de 7%.

Notícias que movimentaram o dólar hoje

Diante disso, confira algumas notícias que mexeram com o mercado hoje:

  • FMI anuncia reformas para melhorar apoio econômico a países pobres na pandemia
  • Economia confirma desbloqueio de R$ 4,5 bi no Orçamento de 2021
  • Guedes: Teria sido grande equívoco entrar na tal reforma tributária ampla
  • BCE: economia europeia se recupera, mas variante Delta representa ameaça

FMI: reforma na estrutura de empréstimos

O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou, nesta quinta-feira, 22, a aprovação de um conjunto de reformas na estrutura de empréstimos. Segundo comunicado, o objetivo é intensificar o apoio a países de baixa renda em meio à pandemia de coronavírus.

As mudanças incluem um aumento de 45% nos limites para acesso ao crédito por esses governos e a manutenção dos juros dessas operações em 0%. No ano passado, o empréstimos a nações pobres disparou mais de 8 vezes na comparação com o período de 2017 e 2019 e deve continuar crescendo, de acordo com o FMI.

Para ajudar a financiar as reformas, o FMI buscará cerca de US$ 18 bilhões entre países membros, além de US$ 4 bilhões em subsídios para apoiar os juros a 0%. O Conselho ainda discutiu possíveis soluções para fortalecer sua estrutura de financiamento e chegou a debater uma possível venda das reservas de ouros do Fundo.

Orçamento de 2021

O Ministério da Economia confirmou nesta quinta-feira, 22, o desbloqueio de R$ 4,5 bilhões no orçamento deste ano, antecipado ontem pelo presidente Jair Bolsonaro.

Como mostrou o Broadcast, a maior parte dos recursos bloqueados é do Ministério da Educação (R$ 1,6 bilhão), mas a suspensão das verbas também atingiu outros ministérios de forma pulverizada: Agricultura (R$ 80 milhões), Cidadania (R$ 205 milhões), Ciência e Tecnologia (R$ 255 milhões), Comunicações (R$ 145 milhões), Defesa (R$ 672 milhões), Desenvolvimento Regional (R$ 383 milhões), Economia (R$ 831 milhões), Infraestrutura (R$ 40 milhões), Justiça (R$ 3 milhões), Minas e Energia (R$ 90 milhões), Presidência (R$ 36 milhões), Relações Exteriores (R$ 143 milhões), Saúde (R$ 26 milhões) e Turismo (R$ 56 milhões).

Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta quinta-feira, 22, a estratégia do governo de fatiar a reforma tributária para aumentar a viabilidade política da tentativa, feita há três décadas, de mudar o sistema de recolhimento de impostos do Brasil.

“Teria sido grande equívoco entrar na tal reforma tributária ampla. Não seria aceita por 5 mil prefeitos”, disse Guedes durante debate promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em conjunto com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Ao transmitir confiança na evolução da agenda de reformas, Guedes fez um afago ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que, segundo ele, “marcha decisivamente nessa direção”, e observou que o Senado deve retomar o apoio às reformas assim que concluir a CPI da Covid.

BCE

Segundo o Banco Central Europeu (BCE), a economia da zona do euro está em plena recuperação após um forte crescimento no segundo trimestre deste ano. Uma das principais causas é a acelração da vacinação contra a Covid-19, mas a variante Delta representa uma ameaça.

A presidente do BCE, Christine Lagarde ressaltou, na reunião desta quinta-feira (22), que a pandemia do novo coronavírus ainda deixa uma “sombra na economia, sobretudo com a variante Delta”.

De acordo com ela, a cepa, altamente contagiosa, pode conter a recuperação na zona do euro, com maior impacto nos serviços e setores de turismo e hospitalidade.

Fechamento do câmbio hoje

Além do dólar comercial, confira a cotação das principais moedas hoje:

  • Euro: +0,16% aos R$ 6,13
  • Libra: +0,86%% aos R$ 7,17
  • Bitcoin: +1,28% aos R$ 169.118,969
  • Dólar turismo: +0,19% aos R$ 5,37

Cotação do dólar nesta terça (20)

Na última sessão, quarta-feira (21), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,76%, negociado a R$ 5,19. No mês, a divisa tem avanço de 4,37%. No ano, acumula alta de 0,06%.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Rafaela La Regina

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