Dólar abre estável com tensão entre China e EUA no radar
O dólar abre estável monitorando as tensões entre as duas maiores economias do mundo.
Por volta das 9h50, o dólar operava levemente em alta de 0,063%, sendo negociado a R$5,5834. O mercado acionário está atento a escalada de tensão entre os EUA e a China.
Além disso, segue no radar do investidor:
- China não determina meta de PIB para 2020
- Fed afirma que as projeções dos EUA são incertas.
China e EUA
A China vai impor uma nova legislação nacional de segurança sobre Hong Kong por causa dos protestos pró-democracia no ano passado. A medida é considerada uma afronta aos Estados Unidos, que decidiu responder a iniciativa do país asiático.
“Qualquer tentativa de impor uma lei de segurança nacional que não reflita a vontade dos cidadãos de Hong Kong seria muito desestabilizadora e seria fortemente condenada pelos EUA e pela comunidade internacional”, disse a porta-voz da diplomacia norte-americana, Morgan Ortagaus.
“Exortamos Pequim a cumprir seus compromissos e obrigações na declaração conjunta sino-britânica, inclusive a promessa de que Hong Kong ‘gozará de alto grau de autonomia’ e que as pessoas de Hong Kong gozarão de direitos humanos e liberdades fundamentais”, completou a diplomata.
China não determina meta de PIB
O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, informou nesta sexta-feira (22) que o país asiático não irá fixar uma meta para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020.
De acordo com premiê, essa medida é em razão as incertezas sobre os impactos da pandemia do novo coronavírus (covid-19) no crescimento econômico da China. Trata-se da primeira vez que o governo chinês não estipula uma meta de PIB.
“Não determinamos uma meta específica para o crescimento no ano, principalmente por causa da situação global da pandemia, a situação econômica é muito incerta, e o desenvolvimento da China enfrenta alguns fatores imprevisíveis”, disse Keqiang.
Fed
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou na última quinta-feira (21) a recuperação dos Estados Unidos e as projeções enfrentam “um nível completamente novo de incertezas”.
O chairman do Banco Central (BC) norte-americano falou, na abertura do evento “Fed Listens”, que passamos por meio de uma crise “sem precedentes em tempos modernos”.
Para Powell, a pandemia do novo coronavírus (covid-19) apresentou maiores impactos àqueles que têm menos condições de enfrentar a crise. “Embora o fardo seja generalizado, ele não é distribuído de maneira igualitária. Os que estão sofrendo o grosso do impacto são os que estão menos aptos a suportá-lo”, salientou o economista.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira (21), o dólar encerrou cotado a R$ 5,5824, com queda de 1,894%.