O dólar abre em queda nesta terça-feira (12) de olho nas relações comerciais entre China e Estados Unidos.
Por volta da 9h30, o dólar variava negativamente a 0,834%, sendo negociado a R$ 5,7739. O mercado está atento ao desdobramento da “fase 1” do acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Além disso, segue no radar do investidor:
- dados econômicos da China que ficaram abaixo do estimado pelos especialistas
- novos casos de covid-19 no país asiático
- Arábia Saudita determina corte na produção de petróleo
EUA e China
A China anunciou nesta terça que vai isentar mais produtos dos Estados Unidos de tarifas punitivas impostas durante a guerra comercial entre os dois países. De acordo com o Ministério de Finanças chinês, ficarão isentos das produtos químicos e têxteis.
Desse modo, o corte nas tarifas podem encorajar a China a comprar mais produtos norte-americanos. Além disso, sinaliza a disposição de Pequim de cumprir o acordo comercial de “fase 1”.
Dados da China
O índice de preços ao produtor (PPI, em inglês) da China, indicador dos preços de fábrica, caiu 3,1% em abril, em relação com o mesmo período no ano de 2019. Por sua vez, na comparação com março a queda foi de 1,5%. Os economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” estimavam uma queda de 2,5%.
Trata-se da maior queda em quatro anos. É esperado que a deflação mais acentuada nos preços de fábrica diminua a lucratividade das fábricas chinesas que caiu 36,7% no período de janeiro a março, em comparação com o mesmo período no ano anterior.
A inflação ao consumidor (CPI) da China foi 3,3% em abril ante um ano antes, desacelerando em relação à inflação de 4,3% em março.
Novos casos de coronavírus na China
A cidade de Wuhan, local onde o novo coronavírus (covid-19) originou, voltou a registrar novos casos da doença após mais de um mês. No fim de março, a cidade havia autorizado a população a retomar sua rotina.
A China registrou na última segundo 17 novos casos de coronavírus. Desse modo o país totaliza 82.901 infectados, com 4.633 mortes. Por sua vez, o Brasil possui 11.168 óbitos confirmados em 163.427 casos.
Arábia Saudita corta produção de petróleo
A Arábia Saudita determinou, na segunda-feira (11), que a Saudi Aramco corte a produção de petróleo em mais um milhão de barris por dia (bpd) a partir de junho. Os cortes da petroleira estatal serão acrescentados às redução de oferta já acertadas na Opep+, Organização dos Países Exportadores de Petróleo junto a aliados.
Segundo um representante do ministério de Energia do país, “isso leva o corte total de produção que será realizado pelo reino para ao redor de 4,8 milhões de barris [de petróleo] por dia, na comparação com o nível de produção de abril”, informou o representante do governo.
Última cotação do dólar
Na última sessão, segunda-feira, o dólar encerrou em alta de 1,465%, sendo negociado a R$ 5,80.
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