Dólar abre em alta com debate dos EUA e Renda Cidadã no radar
Com o turbulento debate para a Presidência dos Estados Unidos entre Donald Trump e Joe Biden, e as incertezas sobre o programa social Renda Cidadã, o dólar abriu em alta nesta quarta-feira (30).
Por volta das 9h14, o dólar operava em alta de 0,41%, negociado a R$ 5,663. O mercado internacional acompanha o desdobramento do debate presidencial.
O republicano Trump e o democrata Biden se enfrentaram pela primeira vez na noite da última terça-feira (29) em debate na rede de ” TV Fox News”, a 35 dias das eleições presidenciais. Ambos os candidatos já se atacavam por meio de suas rede sociais e na noite de ontem não foi diferente.
O democrata chegou a chamar o atual presidente dos EUA de “palhaço”, “mentiroso”, “racista” e “fantoche de Putin”. Por sua vez, Trump não respeitava o tempo de fala do rival. O moderador do debate, o jornalista Chris Wallace, teve, em alguns momentos, afirmar: “Senhor presidente, eu sou o moderador desse debate”.
A CBS News realizou uma pesquisa pela internet após o debate com eleitores que assistiram o programa. A pesquisa apontou que 48% deles acreditavam que Biden ganharia as eleições, contra 41% que acreditavam em Trump. E, 69% dos norte-americanos que assistiram se disseram irritados com o desdobramento do debate.
Já no mercado doméstico repercute o novo programa social. O anúncio do Renda Cidadã, realizado na segunda-feira (28), por membros do governo de Jair Bolsonaro, pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e congressistas, caiu como uma bomba no mercado de capitais brasileiro.
De acordo com especialistas ouvidos pelo SUNO Notícias, a forma como o governo pretende arranjar recursos para financiar o Renda Cidadã é o principal ponto de descontentamento entre os agentes do mercado financeiro, que classificaram a estratégia como “populismo” e “descompromisso com a saúde fiscal brasileira”.
Na proposta apresentada pelo governo Bolsonaro, o Renda Cidadã, programa social que deverá substituir o Bolsa Família, deverá ser bancado por recursos que deveriam ser destinados a pagamentos de precatórios e ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Ademais, segue no radar do investidor a empresa americana de biotecnologia Regeneron que informou na terça que seu remédio, conhecido como REGN-COV2, reduz a carga viral e o tempo de recuperação dos pacientes não hospitalizados em estágio inicial do tratamento. “Estamos muito animados com a natureza robusta e consistente desses dados iniciais”, disse o diretor científico da empresa, George Yancopoulos.
No mercado internacional, os índices dos Estados Unidos e da Europa operavam em queda às 7h. Já o mercado asiático encerrou em campo distinto nesta quarta.
- Nova York (S&P 500): -0,77%
- Nova York (Dow Jones): -0,84%
- Nova York (Nasdaq): -0,90%
- Frankfurt (DAX 30): -0,58%
- Reino Unido (FTSE 100): -0,17%%
- Paris (CAC 40): -0,46%
- Itália (FTSE MIB):-0,19%
- Xangai (SSEC): -0,20%
- Hong Kong (Hang Seng): +0,79%
- Japão (Nikkei): -1,50%
Última cotação do dólar
Na última sessão, terça-feira (29), o dólar encerrou em alta de 0,14%, negociado a R$ 5,641.