O dólar hesita no mercado local na manhã desta segunda-feira (04). A divisa tinha leve queda de 0,14% a R$ 4,9474 por volta das 11h30, diante do desempenho lateral do índice DXY da moeda norte-americana frente outros seis pares rivais em meio à agenda do dia mais fraca e expectativas sobre eventual anúncio de medidas de estímulos pelo governo da China, que realiza a partir de amanhã reuniões plenárias anuais até o dia 10.
De forma pontual, a moeda norte-americana teve um viés de alta frente o real com ajustes aos ganhos dos juros dos Treasuries e do dólar ante alguns pares emergentes do real, como peso chileno e peso mexicano, diante da queda do petróleo e de 0,11% do minério de ferro para maio em Dalian, na China. Já o minério de ferro negociado na Bolsa de Cingapura, para entrega em abril de 2024, valorizou 2,08%.
As atenções locais ficam hoje no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que faz palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em meio a incertezas sobre o tamanho do ciclo de corte da taxa Selic em meio a expectativas majoritárias de início da flexibilização monetária nos EUA apenas em junho.
A diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) Adriana Kugler disse na sexta-feira que está confiante quanto à queda da inflação nos Estados Unidos, mas afirmou que é preciso cautela e seguir monitorando o progresso de dados econômicos para tomar suas próximas decisões.
Também serão monitorados ao longo do dia o diretor de Regulação, Otavio Damaso, que participa, por videoconferência, de entrevista coletiva sobre a Lista de Prioridades da Diretoria de Regulação em 2024, às 14h30. Os diretores do BC Damaso, Diogo Guillen (Política Econômica) e Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais) participam de reunião trimestral com economistas em São Paulo.
No exterior, os ajustes dos mercados são moderados com investidores à espera também nos próximos dias da decisão de juros do BCE, discursos do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e o relatório oficial de empregos (payroll) dos Estados Unidos, na sexta-feira. No Brasil, a agenda traz nota do setor externo, produção industrial, balança comercial, IGP-DI e o resultado do setor público consolidado.
Para o BCE, a expectativa é que a autoridade monetária deixe seus principais juros inalterados pela quarta vez seguida, uma vez que a inflação na zona do euro segue bem acima da meta oficial, que é de 2% no médio prazo. Por outro lado, o BCE também deverá reduzir projeções de inflação, em um aceno a eventuais cortes de juros mais adiante.
Com Estadão Conteúdo