O dólar segue em queda e, nesta quarta (12), fechou abaixo dos R$ 5: com baixa de 1,31%, ficou cotada a R$ 4,9417, primeira vez que a moeda encerra o pregão nesse patamar desde junho de 2022. De acordo com os especialistas, as últimas reduções na moeda norte-americana ocorreram por causa da “chuva” de boas notícias econômicas que atingiram o mercado.
Hoje, essa queda do dólar é explicada pelos dados da inflação ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, em inglês). O índice subiu 0,1% em março, sendo que os analistas consultados pelo The Wall Street Journal projetavam uma alta de 0,2%.
Por volta das 10h58, a cotação do dólar estava em R$ 4,94. Na terça (11), a moeda chegou na mínima de R$ 4,98, mas fechou o dia ao preço de R$ 5 – menor valor de fechamento desde 10 de junho de 2022.
Essa redução foi motivada pelas boas notícias no cenário macroeconômico: a desaceleração do IPCA, os sinais de vitalidade da economia chinesa e a menor percepção de risco para a trajetória da dívida pública com o novo arcabouço fiscal.
Agora é a hora de comprar dólar?
De acordo com os especialistas ouvidos pelo Suno Notícias, para quem deseja comprar dólar, um bom parâmetro é monitorar o Boletim Focus. Sempre que a cotação estiver abaixo da previsão do boletim, significa que a moeda está “barata”. A previsão mais recente é de que a moeda chegue em R$ 5,25 no final do ano.
Atualmente, é possível efetuar essa operação diretamente pelo celular. Clique e confira mais detalhes sobre como comprar dólar no smartphone.
Dólar vai cair ou subir mais?
Enquanto o Focus trabalha com R$ 5,25, o Itaú (ITUB4) e a XP Investimentos veem a moeda na casa dos R$ 5,30 no final de 2023.
“O cenário externo está mais volátil, seguindo os episódios recentes em bancos e a reprecificação dos juros terminais do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) para um nível mais baixo. Como resultado, a maior parte das demais moedas, em especial em emergentes, se valorizou ao longo do mês de março”, argumenta Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú.
“A nosso ver, a incerteza fiscal e os ruídos políticos sobre o quadro fiscal pesam sobre a taxa de câmbio, evitando a valorização que seria esperada pela balança comercial positiva e pelos preços de commodities favoráveis”, complementam os especialistas da XP Caio Megale, Rodolfo Margato e Tiago Sbardelotto ao analisarem os rumos do dólar.
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