Dólar abre em queda, mas retoma alta e supera R$ 5,00 com exterior

O dólar volta a subir ante o real, alinhado à valorização predominante no exterior, após cair de forma pontual nos primeiros negócios, com uma tímida realização de lucros.

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Após acumular ganhos de 8,01% nas últimas três sessões, o dólar abriu estável no mercado à vista, a R$ 4,99, e recuou à mínima a R$ 4,98 (-0,20%). No entanto, a moeda já retomou alta, superando os R$ 5,00, com máxima intradia a R$ 5,04 (+1,00%).

Agora, às 12h30, o dólar à vista subia 0,58%, R$ 5,02. O dólar futuro para maio ganhava 0,28%, a R$ 5,02.

A correção de alta é puxada por novos ajustes de posições em meio à valorização persistente da moeda americana ante pares principais e algumas emergentes no exterior.

Os investidores precificam expectativas de aceleração da alta de juros nos EUA na próxima semana, possível piora da inflação global, após a Rússia cortar fornecimento de gás à Polônia e Bulgária e diante da ampliação de restrições em Pequim, na China, para combater o surto de covid-19.

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Nesta manhã, o euro caiu ao menor nível em cinco anos na comparação com o dólar, a US$ 1,0585. Uma paralisação mais ampla da oferta de gás à Europa pode deteriorar mais o sentimento de risco na região e pressionar o euro, diante ainda da avaliação de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deve apertar a política monetária em ritmo mais agressivo que o Banco Central Europeu (BCE).

No mercado local, o IPCA-15 de abril teve alta de 1,73%, abaixo da mediana do mercado (1,82%), mas ainda a taxa mais elevada desde fevereiro de 2003. Com o resultado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 4,31% no ano.

A taxa em 12 meses ficou em 12,03% – maior desde novembro de 2003 (12,69%) e também abaixo da mediana (12,14%) das projeções que iam de 11,30% a 12,27%.

O IPCA-15 reforça na curva de juros possibilidade de alta de 1 ponto porcentual, a 12,75% da Selic, na próxima quarta-feira. Várias casas financeiras avaliam que, apesar da desaceleração do indicador, a inflação segue elevada no país. Para a RB Investimentos, o IPCA-15 põe pressão no BC para que não interrompa ciclo de alta da Selic em maio.

“Sobre o IPCA-15, no mês veio a 1,73%, em 12 meses a 12,03%, repicando forte mais uma vez, contra 0,95% em março. Isso posto, nos mercados o momento é de sell off”, informou o relatório da Mirae Asset.

Última cotação do dólar

Na última sessão, terça-feira (26), o dólar encerrou o pregão em alta de 2,3%, negociado a R$ 4,98

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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