O dólar apresenta queda nesta quinta-feira (24) com investidores acompanhando a política monetária do Brasil após a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação.
Por volta 11h40, o dólar tinha queda de 067%, negociado a R$ 4,93. Para a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, o que movimenta o câmbio hoje é a taxa de juros do Brasil, revisão do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos e o caso da Covaxin.
“O tema central é taxa de juros no Brasil. E, nos Estados Unidos teremos a revisão do PIB do primeiro trimestre e os discursos dos membros do Fed, em que o mercado deve acompanhar atentamente. O mercado também pode colocar no balanço de risco o caso de Covaxin”.
Notícias que movimentam o dólar hoje
Confira outras notícias que movimentaram o mercado hoje:
- BC volta indicar outro reajuste de 0,75 ponto percentual da Selic
- PIB dos EUA sobe 6,4% no primeiro trimestre
- Bolsonaro foi alertado sobre indícios de regularidades na compra da Covaxin
Taxa Selic
O Banco Central (BC) voltou a indicar nesta quinta-feira (24), por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que deve promover novo aumento de 0,75 ponto porcentual da taxa básica de juros (Selic) em agosto. Atualmente, a Selic está em 4,25% ao ano.
“Para a próxima reunião, o Comitê antevê a continuação do processo de normalização monetária com outro ajuste da mesma magnitude (0,75 ponto)”, registrou o RTI. “Contudo, uma deterioração das expectativas de inflação para o horizonte relevante pode exigir uma redução mais tempestiva dos estímulos monetários. O Comitê ressalta que essa avaliação também dependerá da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e de como esses fatores afetam as projeções de inflação”.
PIB dos EUA
O PIB dos EUA cresceu à taxa anualizada de 6,4% no 1º trimestre de 2021 em relação aos três meses anteriores, de acordo com a terceira e última estimativa. Os dados são do escritório de estatísticas do BEA (Bureau of Economic Analysis), do Departamento de Comércio do país divulgados nesta quinta.
A primeira estimativa, divulgada em 29 de abril, também foi de alta de 6,4% na comparação trimestral, assim como a segunda estimativa relevada em 27 de maio. A projeção, segundo consenso Refinitiv, era de que o dado se mantivesse em avanço de 6,4%.
Covaxin
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, as suspeitas envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin atingiram o Palácio do Planalto, com o relato que o presidente Jair Bolsonaro foi alertado há mais de três meses dos indícios de irregularidades.
O contrato de R$ 1,6 bilhão entrou na mira da CPI, que suspeita de favorecimento para a vacina indiana e, em particular, para a empresa brasileira Precisa Medicamentos, que atuou como intermediária no negócio.
A Covaxin foi a vacina mais cara negociada pelo governo federal, com valor de R$ 80 a dose. Além disso, as negociações foram concluídas em tempo recorde, quando comparada com os processos com a Pfizer e o Instituto Butantan.
Cotações das principais moedas
- Euro: -0,57% // R$ 5,88
- Libra: -0,93% // R$6,86
- Yuan: -0,42% // R$ 0,76
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira, o dólar encerrou em leve queda de 0,07%, negociado a R$ 4,96.