O dólar opera em alta firme nas primeiras horas de negociação desta terça-feira (19), na contramão do mercado internacional, onde o dia é de enfraquecimento da moeda americana ante divisas fortes e as de países emergentes e exportadores de commodities.
Às 11h25, o dólar à vista subia 0,70%, aos R$ 5,55. No mercado futuro, o câmbio para novembro avançava 0,61%, aos R$ 5,55. O Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante seis moedas fortes, recuava 0,31% no mesmo horário. Entre as moedas de países emergentes e exportadores de commodities, a terça-feira é de queda generalizada do dólar.
A pressão sobre o dólar acontece mesmo com a realização de um leilão de até US$ 500 milhões em moeda à visa pelo Banco Central, o que não acontecia desde março. Desde o início do dia, analistas previam um dia desafiador no mercado de câmbio, dada a aversão ao risco do investidor diante do cenário doméstico adverso.
“O BC surpreendeu ontem ao anunciar leilão à vista de até US$ 500 milhões, após ter feito uma oferta menor de swaps e mesmo assim o dólar subiu 1%, fazendo do real a pior moeda emergente”, informou o relatório da Mirae Asset.
Nesta manhã, pesa principalmente a questão fiscal. Segundo analistas, é bastante negativa a repercussão da fala do presidente da Câmara, Arthur Lira, que em entrevista acenou com apoio às iniciativas populistas do governo. Entre outros pontos, ele afirmou que não se pode “pensar só em teto de gastos e responsabilidade fiscal” em detrimento da população.
Também pesam as informações de que o governo estaria considerando uma proposta de Auxílio Brasil e duas parcelas complementares do auxílio emergencial, pagas uma dentro e outra fora do teto de gastos, o que levaria os beneficiários a receberem em média R$ 400 em 2022, ano em que o presidente Jair Bolsonaro buscará a reeleição.
Última cotação do dólar
Na última sessão, segunda-feira (18), o dólar fechou em alta de 1,21%, frente ao real, valendo R$ 5,51 na venda.
(Com informações do Estadão Conteúdo)