Dólar a R$ 4 com Bolsonaro nos EUA, Mourão na China e guerra comercial
Dólar inicia a sessão desta quinta-feira (16) em alta, assim como operou em toda a última quarta-feira (15), onde chegou a ultrapassar a marca dos R$ 4.
A moeda norte-americana subiu após a economia brasileira apresentar perspectivas negativas durante o pregão passado. Nesta quinta, o dólar segue crescendo, com base nos dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados na véspera e de olho no cenário externo, com a guerra comercial, o presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos e o vice, Hamilton Mourão, na China.
Por volta das 9h10, o dólar registrava uma alta de +0,243 sendo negociado a R$ 4,0059.
PIB reduzido
Ainda na terça-feira (14), o ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia adiantado que a economia brasileira está no “fundo do poço” e que a previsão de crescimento do PIB caiu para 1,5% neste ano.
Seguindo a fala do ministro, a Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão do Senado Federal, reduziu a estimativa de crescimento do PIB, de 2,3% para 1,8% neste ano.
Saiba mais: IBC-Br: prévia do PIB indica retração de 0,68% no 1º trimestre de 2019
Além disso, o dados divulgados pelo Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), na última quarta, apontaram uma retração de 0,68% no PIB durante o primeiro trimestre de 2019.
O IBC-Br é considerado um prévia do PIB. No entanto, o resultado oficial será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) em 30 de maio. Caso seja confirmada a retração, será a primeira em dois anos.
Bolsonaro nos Estados Unidos
O presidente Jair Bolsonaro foi a Dallas, nos Estados Unidos, receber uma homenagem da Câmara de Comércio Brasil-EUA, que estava previsto para ser recebido em Nova York, mas tanto o local quanto as empresas patrocinadoras, desistiram de fazer o evento.
Bolsonaro se reuniu com o ex-presidente norte-americano George W. Bush, na última quarta-feira (15). Segundo ele, foram tratados os assuntos mais variados com Bush.
“Logicamente, é tradição dos ex-presidentes não se envolver na política atual, nem criticar, ou elogiar o presidente de momento. Mas o que ele nos falou mostra uma democracia bastante amadurecida aqui, gostaria que isso chegasse ao Brasil”, afirmou o presidente.
Mourão na China
O vice-presidente, Hamilton Mourão, chega à China nesta quinta-feira para participar de encontros com políticos e empresário locais.
De acordo com Mourão, o objetivo da viagem é levar uma “mensagem política” do presidente Jair Bolsonaro e reforçar a “parceria estratégica” entre Brasil e China.
Esquivando da guerra comercial, Mourão afirmou à “Tv Brasil” que mesmo com a ligação entre o governo Bolsonaro e o governo Trump, o Brasil precisa ter “pragmatismo suficiente”, tendo em vista que a China é a principal parceira comercial do País.
O vice-presidente irá à Xangai e Pequim, onde realizará um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, na próxima semana.
Guerra comercial
Um novo capítulo da guerra comercial entre China e Estados Unidos foi iniciado, desta vez envolvendo equipamentos de telecomunicações.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proibiu que empresas norte-americanas usem aparelhos de telecomunicações que sejam estrangeiros, caso coloquem a segurança nacional em risco.
Saiba mais: Trump atinge Huawei; China critica e diz que vai proteger suas empresas
A medida do presidente afeta diretamente a China. Para que o decreto fosse firmado, Trump declarou “emergência nacional”. Mesmo que não seja direcionado, o texto do decreto atinge diretamente a gigante chinesa do setor, Huawei.
Última cotação
Na última sessão, na quarta-feira, o dólar cresceu +0,513% sendo negociado a R$ 3,9962.