O dólar ampliou a queda durante o leilão de até US$ 1 bilhão em swap cambial novo, que foi vendido integralmente, pelo terceiro dia seguido.
Por volta das 11h50, o dólar hoje tinha queda de 1,22%, negociado a R$ 5,44. A moeda norte-americana para novembro cedeu até R$ 5,4845, com queda de 0,81%.
O ajuste local destoa do fortalecimento do dólar no exterior diante do avanço dos juros dos Treasuries curto e longos, após alta inesperada de 0,7% nas vendas no varejo dos EUA em setembro ante agosto, bem acima das projeções dos analistas (+0,2%).
Excluindo-se automóveis, as vendas no setor varejista americano tiveram expansão de 0,8% no confronto mensal de setembro. Neste caso, a projeção era de acréscimo de 0,5%.
Já o índice de atividade industrial Empire State, que mede as condições da manufatura no Estado de Nova York, caiu 19,8% em outubro, menos que o esperado (a 26,5).
Os ajustes ocorrem ainda após o resultado do IBC-Br pior que o esperado em agosto ante setembro e na comparação interanual. Já o IGP-10 de outubro cedeu 0,31%, mas acumula alta de 22,53% em 12 meses. A atividade fraca e a inflação de longo prazo pressionada devem nutrir o debate sobre estagflação no Brasil.
O IBC-Br de agosto teve queda de 0,15% ante julho, recuo mais forte do que a mediana negativa de 0,10% das estimativas na pesquisa Projeções Broadcast. Em relação a agosto de 2020, o índice de atividade do Banco Central subiu 4,74%, também menor do que a mediana (alta de 4,90%).
Ao mesmo tempo, o IGP-10 cedeu 0,31%, porém acumulando alta de 22,53% em 12 meses. Os dados tendem a elevar o debate sobre estagflação no Brasil.
Os investidores locais seguem atentos aos riscos fiscais no Brasil. O presidente da Câmara, Arthur Lira, disse no período da manhã que a PEC dos precatórios está bem consolidada e deve ser votada na terça-feira na comissão da Casa e quarta ou quinta-feira no plenário.
Repercutem ainda as declarações do presidente Jair Bolsonaro, de que vai determinar ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a reversão da bandeira “escassez hídrica”, taxa adicional cobrada sobre a conta de luz dos brasileiros, “a partir do mês que vem”. A notícia, segundo um trader, pode trazer movimentação hoje nas NTNBs curtas.
A mudança da bandeira da crise hídrica, caso se confirme nos próximos dias, além de reduzir o custo das contas de luz, irá suavizar a pressão sobre a inflação. A bandeira trouxe um aumento de 6,78% na tarifa média.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira (14), o dólar encerrou em alta de 0,13%, negociado a R$ 5,51.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
Notícias Relacionadas