Dólar tem alta após dado de inflação nos EUA abaixo do esperado

O Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (CPI) de agosto veio abaixo da mediana das estimativas dos investidores e levou a uma valorização do dólar ante outras moedas pelo mundo, incluindo o real. A moeda norte-americana operava em queda ante a divisa brasileira nesta primeira hora de negociações, mas acompanhou a influência externa e virou para cima. A leitura nos EUA é que a inflação abaixo do previsto adia a retirada de estímulos à economia.

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Às 10h28, o dólar hoje à vista era negociado a R$ 5,21, em alta de de 0,23%. No dólar futuro, a divisa para liquidação em outubro recuava 0,28%, a R$ 5,2195. No exterior, o Dollar Index (DXY), que mede a variação dó dólar ante uma cesta de moedas fortes, tinha baixa de 0,28%.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que participa de evento do BTG Pactual (BPAC11), afirmou que as surpresas negativas em relação à inflação estão em toda a parte e que os bancos centrais pelo mundo estavam otimistas em relação a uma recuperação com menos inflação. “Os BCs acreditavam em inflação temporária, o que não se mostra verdade”, afirmou.

Ainda assim, Campos Neto afirmou que de forma geral o mundo ainda é otimista em relação ao crescimento e que a recuperação do Brasil está na média de grande dos emergentes, que em grande parte voltou ao nível de Produto Interno Bruto (PIB) anterior à pandemia.

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Na agenda de indicadores domésticos, destaque para o volume de serviços prestados, que subiu 1,1% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, segundo dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado veio idêntico à mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam uma alta de 0,5% a 2,5%. Na comparação com julho do ano anterior, houve elevação de 17,8% em julho de 2021, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões eram de uma elevação de 16,1% a 20,2%, com mediana positiva de 18,0%.

Além disso, recentemente a Petrobras (PETR4) divulgou uma nota mostrando a decomposição dos preços dos combustíveis, identificando que o maior vilão da alta dos preços ocorre pela taxação de impostos estaduais, motivo que gerou polêmica por parte de alguns governadores.

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“Por aqui, os investidores irão ficar de olho na audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara, que irá discutir a
escalada dos preços dos combustíveis, na qual participará, Silva e Luna, atual CEO da Petrobras”, informou o relatório da Mirae Asset.

No confronto com moedas de países emergentes e exportadores de commodities, a tendência predominante também é de queda do dólar, como a verificada ante o dólar canadense (-0,29%) peso chileno (-0,37%) e peso mexicano (-0,10%).

Última cotação do dólar

Na última sessão, segunda-feira (13), o dólar encerrou o pregão queda de 0,83%, negociado a R$ 5,22.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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