Dólar em alta devido a tensão na antecipação da reforma da Previdência

O dólar inicia a manhã desta quinta-feira (11) em alta. Os investidores continuam acompanhando o desdobramento da reforma da Previdência e as primeiras indicações quanto a reforma tributária.

Por volta das 09h40 o dólar registrava uma alta de 0,429% sendo negociado a R$ 3,8404 na venda. A alta na moeda-americana acontece devida as preocupações respeito da indicação do novo ministro da Educação como empecilho ao andamento da reforma da Previdência.

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Além disso, os investidores avaliam a ata Federal Reserve (Fed) nos EUA, que deixou espaço para um aumento das taxas de juros até o final do ano.

Reforma da Previdência

Os partidos do chamado “Centrão” poderão causar uma possível tensão, quanto a insatisfação à indicação do novo ministro da Educação, Abraham Weintraub.

De acordo com o jornal “Estado de S.Paulo” a indicação do novo ministro, gerou descontentamento entre essa siglas. Em retaliação, os líderes ameaçam atrasar a votação da reforma.

Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro, assumirá pessoalmente a negociação. O objetivo do Planalto é tentar finalizar o processo ainda no primeiro semestre. A informação foi confirmada pela líder do governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann (PSL).

A votação da reforma estava marcada para ocorrer na próxima quarta-feira (17). Porém, o governo teme que devido ao feriado de Páscoa, não tenha deputados suficientes.

Saiba Mais: Reforma da Previdência: governo quer antecipar para terça votação do parecer, diz líder

“A gente não quer correr risco daquelas viagenzinhas prolongadas, daí não dá quórum. Na previsibilidade, a gente vai adiantar aí esse dia. Porque, caso dê algum probleminha, a gente ainda tem algumas horas de quarta-feira. Mas a gente quer liquidar essa fatura na terça”, disse Hasselmann.

Por outro lado, a oposição é totalmente contra a mudança. De acordo com o deputado José Guimarães (PT), não há acordo sobre a antecipação do parecer.

Entretanto, em uma reunião entre as lideranças do partido, ficou decidido que não haveria apresentação do “kit obstrução”. O termo se refere a um recurso previsto no regimento da Câmara, utilizado com o a finalidade de atrasar a análise de assuntos na Casa.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a reforma da Previdência ajudará o Brasil a retornar ao superávit primário, a partir de 2022.

13º do Bolsa Família

O presidente Bolsonaro fará na manhã desta quinta-feira uma solenidade referente aos 100 dias de seu governo no Palácio do Planalto. É esperado que ele anuncie a criação do 13° salário do Bolsa Família, com o objetivo de conseguir melhorar a sua imagem entre as faixas mais pobres da população. Principalmente entre os eleitores da região nordeste.

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Reforma Tributária

O governo estuda propor a fusão de impostos e a redução de encargos. A reforma tributária prevê a união de no máximo cinco tributos federais e um fim da contribuição das empresas ao INSS.

Os tributos que poderão ser fundidos são:

  • PIS;
  • Confins;
  • IPI;
  • parte do IOF;
  • E talvez o CSLL.

Em entrevista ao jornal “Estado de S.Paulo”, o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, disse que a prioridade do governo é chegar a uma desoneração total e permanente dos tributos que as empresas pagam. O objetivo é estimular a geração de empregos.

Cintra afirmou ainda que a reforma tributária pode tramitar no Congresso ao mesmo tempo que a PEC da reforma da Previdência.

Agenda Econômica

A expectativa é que ainda nesta quinta-feira o governo anuncie o projeto de lei sobre a independência do Banco Central.

No Exterior

Nos Estados Unidos, o Fed divulgou na última quarta-feira (10), a ata da última reunião de política monetária. Segundo o órgão, a economia norte-americana tem resistido à desaceleração econômica global.

Saiba Mais: Fed: EUA resistiram a desaceleração econômica global

O Banco Central do EUA não projeta recessão para o país nos próximos anos. Apesar de não prever uma contração da economia norte-americana, o Fed listou alguns fatores de risco:

  • desaceleração econômica global, principalmente da China e em países da Europa;
  • diminuição dos efeitos das políticas de estímulo fiscal nos EUA;
  • tensões comerciais;
  • e a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit).

Após a decisão da União Europeia em estender o prazo do Brexit para o final de outubro, as bolsas na Europa seguem operando sem uma direção definida. A expectativa é de que a primeira-ministra britânica, Theresa May, deixe o cargo, após ter alcançado o objetivo de extensão da data limite do Brexit.

Última cotação

Na última quarta-feira, o dólar registrou uma queda de 0,784% sendo negociado a R$ 3,8165.

Poliana Santos

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