Dólar em alta após Trump dizer que a China “quebrou o acordo” com os EUA
Após uma queda de quase 1% na sessão da última quarta (8), o dólar inicia a manhã desta quinta (9) em alta, por conta do cenário externo.
A moeda norte-americana inicia o pregão com uma alta de +0,842% sendo negociada a R$ 3,9663. Nesta quinta, dólar é impactado pela reforma da Previdência e também pelas tensões do exterior, referentes às tensões das negociações comerciais entre China e Estados Unidos.
Tramitação da reforma
A reforma da Previdência deu um novo passo rumo a votação na Câmara dos Deputados. Na quarta, a comissão especial passou a analisar o texto da reforma e a primeira sessão contou com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes.
A estratégia de blindagem por parte dos aliados do governo deu certo e o ministro, diferente do que havia acontecido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), conseguiu expor a necessidade da aprovação do texto.
Durante seu discurso, Guedes voltou a avaliar a importância da reforma, citando que a Previdência está quebrada e que a atual pirâmide etária do Brasil não consegue sustentar o sistema.
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“O sistema já está condenado à quebra e já está hoje tecnicamente em déficit em todas as suas dimensões muito antes de a população envelhecer. As disfunções são evidentes e a insustentabilidade financeira é evidente”, afirmou.
O presidente da comissão especial, Marcelo Ramos, disse que agora o ministro deverá mostrar aos deputados os números e dados que compõe o texto da proposta do governo.
Copom mantém Selic
O Comitê de Políticas Monetárias (Copom) decidiu manter a a taxa Selic a 6,5%. Esta é a nona decisão consecutiva para manter os juros básicos no mesmo patamar.
A taxa Selic foi mantida apesar da piora na projeção do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o Boletim Focus desta semana, o mercado financeiro aguarda um crescimento do PIB de 1,49% ao fim deste ano.
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Na semana passada, a projeção era 1,71%. Enquanto no primeiro Boletim Focus do ano, a estimativa para o PIB era de 2,53%.
Negociações comerciais
As tensões entre Estados Unidos e China aumentaram nesta semana. O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou durante seu comício na Florida que a China “quebrou o acordo” comercial que estava sendo elaborado.
Trump culpou a China pelo colapso das negociações, seguindo a sua publicação no Twitter, durante o último domingo (5), onde afirmou que as tarifas sobre importações chinesas seriam elevadas em US$ 200 bilhões de bens chineses.
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Em contrapartida, na última quarta, a China disse que vai retaliar os EUA caso os aumentos tarifários sejam confirmados. A elevação dos tributos deverá acontecer na sexta-feira (10), segundo Trump.
O vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, foi aos Estados Unidos com sua delegação para encontrar uma saída para as negociações.
Última cotação
Na última quarta-feira (8), o dólar registrou uma queda de 0,912% finalizando o pregão com o valor de R$ 3,9332