O dólar encerrou esta quinta-feira (21) com alta na B3 (BM&F Bovespa).
A alta do dólar de 0,903%, elevando a venda da moeda a R$ 3,8001, foi impulsionada por dois fatores:
- a prisão do ex-presidente da República, Michel Temer (MDB) e do ex-ministro de Minas e Energia, Wellington Moreira Franco.
- e o adiamento do anúncio do relator da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência.
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Prisão de Michel Temer e Moreira Franco
O ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, foram presos na manhã desta quinta (21) pela força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Os agentes da Polícia Federal ainda tentam cumprir um mandado de prisão contra o ex-ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. A localização de Michel Temer estava sendo rastreada desde a última quarta (20), sem sucesso. Sua prisão era para ter sido executada mais cedo nesta quinta, mas as dificuldades atrasaram a operação.
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A ação foi fundamentada em delação do ex-operador do MDB, Lúcio Funaro, homologada em 5 de setembro de 2017 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As declarações de Funaro relatam como funcionavam os esquemas de corrupção no Congresso, comandados por caciques do partido, como Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves, Geddel Vieira Lima, Moreira Franco, Tadeu Filippeli, ex-assessor especial do gabinete de Temer, e o ex-presidente.
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Adiamento de anúncio de relator da reforma da Previdência
A reunião, programada para esta quinta-feira (21), da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi adiada. Estava previsto que o relator para a reforma da Previdência fosse designado durante o encontro.
De acordo com a liderança do PSL, partido do presidente da República Jair Bolsonaro, lideranças partidárias concordaram em anunciar o relator da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência após esclarecimentos do governo acerca do projeto de aposentadoria e reestruturação da carreira dos militares das Forças Armadas.
“Depois de uma reunião com líderes partidários, ficou acordado que não haverá a indicação do relator até que o Governo, através do Ministério da Economia, apresente um esclarecimento sobre a reforma e a reestruturação dos militares”, escreveu a liderança do PSL em nota. O chefe da Casa citada é Paulo Guedes.
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Ministro x Deputado
A prisão do ex-ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, está sendo atribuída, por alguns deputados, ao conflito entre Sérgio Moro, ministro da Justiça, e Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos deputados.
O deputado Célio Moura (PT) opinou que a prisão é uma “vingança” do ministro da Justiça, Sérgio Moro, por conta do bate-boca com o chefe dos deputados, Rodrigo Maia (DEM). Farpas foram trocadas entre ambos, acerca do projeto anticrime, na quarta-feira (20).
“Isso é uma vingança, o Moreira Franco [ex-ministro de Minas e Energia, também preso] é sogro do presidente Rodrigo Maia”, afirmou Moura ao “Valor Econômico”.
Na segunda-feira (18), Rodrigo Maia decidiu oficialmente suspender a tramitação do projeto anticrime, desenvolvido pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro e sua equipe. Além disso, decidiu designar um grupo de trabalho para analisar o pacote anticrime.
Na véspera, o chefe dos deputados decidiu que Marcelo Freixo (PSOL) e Paulo Teixeira (PT) farão parte do grupo de trabalho para analisar o projeto.
Última cotação
Na quarta-feira, o dólar encerrou caindo 0,61%, negociado a R$ 3,7661.
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